Após polêmica, atriz trans é escolhida para o filme “Geni e o zepelim”
A atriz trans Ayla Gabriele foi a escolhida para dar vida à protagonista da produção, em seguida sintoma da comunidade LGBTQIAP+
Após polêmica para a escolha da protagonista do filme “Geni e o zepelim”, a Migdal Filmes anunciou, nessa terça-feira (29/4), o nome da atriz trans Ayla Gabriele para dar vida à personagem principal. Com direção e roteiro de Anna Muylaert, a produção foi branco de duras críticas por segmento da comunidade LGBTQIAP+ por ter convidado, primeiramente, Thainá Duarte, uma atriz cisgênero (pessoa que se identifica com seu sexo de nascença, o biológico) para o papel. Ela acabou sendo dispensada da obra em seguida a pressão nas redes sociais.
Inspirado na melodia homônima de Chico Buarque. A música é fruto da peça de teatro “Ópera do Malandro”, onde a personagem principal, Geni, é retratada uma vez que uma travesti. Essa propriedade da personagem é um elemento medial da história e foi reconhecida desde as primeiras apresentações da montagem.
“O filme é inspirado na clássica melodia homônima de Chico Buarque, e conta a história de Geni, uma travesti que se prostitui, namorada pelos desvalidos e odiada pela sociedade sítio. As filmagens começam semana que vem no Acre, com locações na cidade de Cruzeiro do Sul”, informa a Migdal Filmes.
Veja as fotos
Thainá Duarte foi retirada do filme “Geni e o zepelim” — Reprodução/Instagram
Ayla Gabriele, atriz trans que vai assumir a protagonista do filme — Reprodução/Instagram
Reprodução/Instagram
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Entenda a polêmica
Mesmo que a letra de Chico Buarque não dê indícios exatos de que Geni seja uma mulher transsexual, o filme passou a receber críticas da comunidade LGBTQIAP+ por escolher uma atriz cisgênero (pessoa em que a identidade de gênero que se identifica corresponde ao sexo biológico) para o papel. Em seguida receber ataques nas redes sociais, a atriz que havia sido escolhida, Thainá Duarte, informou aos seguidores que deixaria o elenco do filme “Geni e o zepelim” em 19 de abril.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Thainá não deixou simples se pediu para trespassar da produção ou se foi afastada da obra pela produtora. “Sinto muito que essa escolha tenha machucado tanto a comunidade trans. Agora, eu entendo melhor o tamanho dessa reivindicação. Estou me colocando do lado de quem está ferido. Reconheço o lugar de fala, a urgência e a dor de estar pedindo pelo mínimo, que é reverência”, disse Thainá.
O que diz a Migdal Filmes
Pouco tempo depois de Thainá Duarte compartilhar o seu desabafo, a produtora do filme publicou uma nota solene para explicar a mudança de protagonistas. “A personagem principal, inicialmente concebida para ser uma mulher cis, passa a ser uma mulher trans/travesti, e será interpretada por um atriz trans. A decisão coletiva foi fruto da escuta atenta e estágio de intensas trocas com pessoas de diferentes setores da sociedade”, justificou.
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