Deputado Gilvan da Federal tem mandato suspenso por 3 meses por decisão do Conselho de Ética
Suspensão cautelar foi oficializada por Hugo Motta em seguida ofensas à ministra Gleisi Hoffmann; plenário ainda pode ser acionado
O deputado federalista Gilvan da Federal (PL-ES) está temporariamente longínquo de suas funções parlamentares. A suspensão, com validade de três meses, foi oficializada na noite de terça-feira (6/4) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em seguida aprovação do Juízo de Moral da Mansão.
Com isso, Gilvan fica impedido de participar de sessões, comissões e votações no período da suspensão. No site da Câmara, o nome dele já aparece porquê “não está em tirocínio”.
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O que aconteceu?
A suspensão tem relação com uma reunião da Percentagem de Segurança Pública, no dia 29 de abril. Durante a sessão, Gilvan falou sobre uma lista da empresa Odebrecht e usou o sobrenome “amante”, que já foi ligado a Gleisi no pretérito. Em seguida, ele disse que a pessoa com esse sobrenome “devia ser uma prostituta do caramba”.
As falas geraram confusão na reunião. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que é casado com Gleisi, discutiu com Gilvan logo em seguida as declarações. A Corregedoria da Câmara considerou que Gilvan quebrou o decoro parlamentar, ou seja, não agiu de entendimento com o comportamento esperado de um deputado.
Mesmo com a suspensão em vigor, o caso ainda não está encerrado. O Juízo de Moral vai sentenciar se abre um processo mais grave, que pode levar à cassação do procuração de Gilvan da Federalista. Para isso, será indicado um novo relator do caso.
A suspensão atual é exclusivamente uma medida temporária, até que o processo principal avance.
Gilvan afirmou que, por enquanto, não pretende recorrer da decisão.
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