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Freira brasileira afastada após denúncias secretas desafia Vaticano por justiça

Freira brasileira afastada após denúncias secretas desafia Vaticano por justiça


Aline Ghammachi, ex-líder de um mosteiro na Itália, afirma ter sido cândido de machismo e perseguição dentro da Igreja e agora procura virar a decisão em Roma

Pouco antes da escolha do novo papa Leão 14, uma madre brasileira viu sua vida virar do avesso em um convento italiano. Aline Ghammachi, que comandava o Mosteiro San Giacomo di Veglia, próximo a Veneza, foi afastada do função de madre-abadessa posteriormente uma série de denúncias anônimas. O incidente provocou uma mudança interna: metade das religiosas abandonou o sítio em solidariedade à líder destituída, porquê revelou o portal Folha de S. Paulo.

Oriundo do Amapá e formada em gestão, Aline tinha uma trajetória respeitada na Igreja. Aos 33 anos, se tornou a mais jovem superiora do país. Em sua gestão, o convento começou a se terebrar para projetos sociais, acolhendo mulheres vítimas de violência e oferecendo hortas terapêuticas a autista.

Veja as fotos

Divulgação

Aline cumprimentando o ex-papa FranciscoDivulgação

Divulgação: Fondo Ambiente Italiano

Mosteiro de San Giacomo di Veglia, onde Aline comandavaDivulgação: Fondo Envolvente Italiano

Divulgação

Aline Ghammachi e demais freirasDivulgação


Porém, tudo mudou em 2023, quando uma epístola anônima enviada ao Vaticano acusou a religiosa de má conduta com as irmãs, ocultação de finanças e comportamento manipulador. Uma primeira auditoria não identificou irregularidades, mas o processo foi reaberto meses depois, supostamente por influência do frei Mauro Lepori, líder da ordem.

Aline afirmou que o frei fazia comentários depreciativos sobre sua fisionomia, dizendo que ela era “formosa demais para ser madre”: “Falava em tom de piada, rindo, mas me expôs ao ridículo”, disse ela.

Quase um ano depois, Aline recebeu a notícia de sua destituição, justamente no dia da morte do papa Francisco, quando nenhuma domínio poderia ser acionada. Uma novidade superiora, de 81 anos, assumiu a liderança imediatamente, dizendo agir em nome do papa recém-falecido.

Aline foi pressionada a se retirar e se recolher em outra comunidade para “sazão psicológico”, sem recta a julgamento ou resguardo formal. Ela recusou e, uma semana depois, deixou o convento. Desde portanto, 11 das 22 religiosas abandonaram o mosteiro.

A madre Maria Paola Dal Zotto, uma das que deixaram o convento, saiu em resguardo de Aline publicamente. Em entrevista ao jornal italiano Gazzettino, ela afirmou que a ex-abadessa sempre foi uma referência místico e que vinha sendo cândido de um “envolvente medieval” e calunioso.

Apesar do silêncio solene da Igreja, frei Lepori se manifestou, alegando que Aline buscava restabelecer poder e prestígio por meio da manipulação da mídia. Já a religiosa brasileira vê na eleição de Leão 14 uma esperança. “Ele é um papa canonista, ou seja, é formado em recta canônico. Logo, ele vai entender a lei. Isso para mim já fala muito. Eu não estou pedindo zero mais do que a lei ”, disse a ex-abadessa ao portal Folha de S. Paulo.

A história chamou a atenção da mídia europeia, tanto que o portal Corriere del Veneto revelou que uma produtora alemã já cogita transformar o caso em filme.



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