Vítima de racismo no Mackenzie é diagnosticada com transtorno pós-traumático
Jovem ainda sofre surtos e crises de pânico; enquanto isso, irmãos também bolsistas relatam perseguição por secção de superiores no escola
Atenção: a material a seguir traz relatos sensíveis e pode ocasionar gatilhos de crise de sofreguidão, depressão e suicídio. Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo. Procure ajuda especializada uma vez que o CVV (Meio de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
A aluna de 14 anos, encontrada desacordada no banheiro do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em Higienópolis, zona mediano de São Paulo, recebeu subida do CAPS (Meio de Atenção Psicossocial) nesta semana, depois quase 15 dias de internação. Em entrevista ao portal LeoDias, a advogada da família, Réa Sylvia, afirmou que a jovem foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático e depressão grave. Sem condições psicológicas de voltar a estudar, ela permanece sob cuidados intensivos e com séquito terapêutico 24 horas por dia.
“Ela está tendo crises de pranto, crises de pânico; não está psicologicamente muito. Ela não tem condições e nem quer voltar para o Mackenzie. Tentou novamente tirar a vida já dentro do CAPS e não pode permanecer sozinha. Está sempre repetindo, gritando e chorando. Dizendo que estão ameaçando ela, que estão falando dela.
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Segundo a advogada, por conta de seu estado de saúde, a jovem não tem previsão de voltar a estudar.
Além da jovem, os irmãos mais novos, também bolsistas no mesmo escola, passaram a relatar episódios de perseguição por secção de superiores. Prints de conversa que o portal LeoDias teve chegada mostram um dos filhos conversando com a mãe sobre a situação. A resguardo estuda entrar com medidas protetivas contra alguns funcionários. “O Mackenzie, além de não reconhecer o erro, querem manifestar que é uma vez que se fosse qualquer problema familiar que elas vinham enfrentando. Mas a gente já tem todas as provas de que não”, argumentou a resguardo.
O caso veio à tona no final de abril, quando a moçoila foi encontrada desmaiada no banheiro da escola, com um cabo de celular atado ao pescoço e uma sacola plástica na cabeça, uma vez que informado pelo SBT. O incidente ocorreu um dia depois de uma conversa em que ela implorava para que um vídeo não fosse divulgado. No registro, ela aparecia beijando um aluno mais velho, supostamente uma vez que secção de um “repto” proposto por colegas para que não fosse taxada de lésbica. A ação foi gravada sem seu consentimento e compartilhada entre estudantes.
Conforme Réa Sylvia, a moçoila vinha sofrendo bullying por ser bolsista e negra, e era cândido frequente de ofensas uma vez que “cigarro queimado” e “preta lésbica”, além de ataques por não ter namorado. A mãe chegou a relatar os episódios em e-mails à coordenação do Mackenzie, que, de consonância com a resguardo, ignorou as denúncias. “A coordenadora Luci Chaves chamou a menor na frente de toda a sala e falou que ela não estava sofrendo bullying nem racismo, que isso era ‘mimimi’ dela. Segundo a delegada, ela vai ser indiciada também pela prática de bullying e racismo”, afirmou a advogada.
A jovem tentou contra a própria vida duas vezes. Na primeira, no dia 29 de abril, foi socorrida inicialmente pela equipe do escola e levada em uma ambulância pessoal à Santa Lar de Misericórdia, onde permaneceu por oito dias internada em uma renque coletiva, dividindo o espaço com pacientes terminais; inclusive presenciando a morte de duas mulheres.
A advogada vem tentando prometer assistência adequada à menor. Apesar de um consonância inicial com o Mackenzie para custear tratamento pessoal, ela afirma que o compromisso nunca foi cumprido. “Desde o prelúdios, quando eu fiz o contato com essa secção jurídica, eles se mostram aptos a colaborar com esse auxílio, mas até agora efetivamente zero foi cumprido. Eu tenho um termo de consonância que eles mandaram, dizendo que iriam custear o hospital, o tratamento, mas efetivamente ainda zero foi posto em prática. Portanto a gente vê que no momento são só promessas. Inclusive eles dizem que para fazer esse atendimento a gente teria que pedir desistência do processo, coisa que a nossa equipe jurídica já decidiu que não vai fazer”, afirmou ela.
A Polícia Social investiga os crimes de racismo, bullying, homofobia, ameaço e exposição de intimidade. Já a risco de investigação foca na hipótese de tentativa de suicídio ou se alguém induziu; ou uma tentativa de homicídio para embatucar a menor. A delegada responsável já requisitou perícia nos celulares dos envolvidos e o Ministério Público também foi acionado e convocou a mãe da vítima para prestar esclarecimentos.
O escola Mackenzie informou, em nota anterior, que se solidariza com a família e que colabora com as investigações. Procurada pela reportagem do portal LeoDias, a instituição ainda não se manifestou sobre a denúncia de perseguição aos irmãos da aluna e nem se já começaram a ajudar a custear o tratamento da vítima.
A reportagem também não conseguiu resposta da coordenadora da escola, Luci Chaves, para retratação sobre sua menção. O espaço está descerrado.
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