Condenada, Carla Zambelli diz que “não sobreviveria na cadeia”
A deputada afirmou ter recebido base “no off”, inclusive de Michelle Bolsonaro, mas não foi contatada por Jair Bolsonaro
A deputada Carla Zambelli declarou, em coletiva de prensa na última quinta-feira (15/05), que “não sobreviveria” na calabouço por problemas de saúde. Ela foi condenada a 10 anos de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF). Em entrevista, afirmou ter base para derrubar a pena no Congresso.
Sua pena ocorreu devido a uma suposta ordem para que o hacker Walter Delgatti inserisse documentos falsos no sistema do Recomendação Vernáculo de Justiça (CNJ).
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Ela pretende apresentar recursos e protelar o trânsito em julgado, além de tentar convencer os parlamentares a suspender a ação penal contra ela, assim porquê no caso de Alexandre Ramagem (PL-RJ). Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, teria oferecido um “sinal verdejante” para o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo Zambelli.
Sobre o base de colegas, Zambelli disse que “no off” recebeu inúmeras mensagens e ligações, inclusive da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No entanto, o ex-presidente da República não entrou em contato com ela. Antes da coletiva, ela recebeu uma prece.
“Não é interessante antecipar a estratégia, mas já tenho boa secção do base que eu preciso para fazer essa votação. Estamos aguardando o melhor momento e ainda temos tempo para fazer isso”, declarou.
Ela deve pedir uma prisão domiciliar depois de enumerar seus problemas de saúde. “Ainda que seja injusta a decisão, eu sigo a lei. Se ocorrer a prisão, vou me apresentar. Mas, hoje, não me vejo capaz de ser cuidada da forma que preciso (presa). Estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em proferir que eu não sobreviveria na calabouço. Vamos apresentar isso também em momento oportuno”, declarou.
Ela diz que já foi internada duas vezes, enfrenta depressão e problemas cardíacos, desmaios e uma síndrome rara, chamada Ehlers-Danlos, que faz “todo o corpo transpor do lugar” e culpa transtornos de mobilidade.
Enquanto isso, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, afirmou à Veja que vai proteger Zambelli. “É a mulher mais votada na última eleição no Brasil, não pode ser cassada por perseguição política. Vamos lutar para ajudá-la sempre”, disse Sóstenes.
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