Após denúncia de racismo, Mackenzie declara que presta apoio à família da vítima
A instituição afirmou em nota que ofereceu um projecto de comitiva para a aluna, enquanto acusações de preterição e perseguição a irmãos da vítima são investigadas
O Escola Presbiteriano Mackenzie se posicionou sobre o caso da jovem de 15 anos encontrada desacordada no banheiro da escola. Na noite desta quinta-feira (15/5), o portal LeoDias entrou em contato com a escola, localizada em São Paulo, após conversar com a advogada da família da estudante. A jovem, bolsista integral, teria sido vítima de bullying, racismo e homofobia por secção de colegas; caso que está sob investigação da Polícia Social.
Em nota solene, o escola reafirmou seu compromisso com o bem-estar e a segurança dos alunos, destacando que, desde o ocorrido, ofereceu suporte médico, psicológico e pedagógico à estudante e sua família. A instituição informou que disponibilizou a transferência da aluna para um hospital privado, mas a proposta não foi aceita pelos responsáveis.
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A escola também relatou que tentou contato com a família durante a internação da estudante, mas que, nas últimas quatro das oito visitas realizadas, houve recusa.
Dentre uma das queixas relatadas pela advogada Réa Sylvia à reportagem do portal LeoDias, está a de que a escola ainda não teria se prontificado em iniciar um tratamento para a jovem, pedido feito judicialmente por meio de ação cautelar protocolada.
Sobre essa argumento, a escola informou que, em seguida a subida médica, ocorrida na terça-feira (13/5), a coordenação pedagógica ofereceu um projecto de comitiva individualizado para a aluna, aguardando a decisão da família. “O objetivo desta iniciativa é prometer que a aluna não seja prejudicada em seus estudos, ao mesmo tempo em que sua privacidade e tempo de recuperação são respeitados, em um envolvente hospitaleiro. A escola aguarda decisão da família para poder dar início a levante atendimento”, confirmou.
A advogada da família, Réa Sylvia, afirmou que a jovem vinha sofrendo ataques desde o ano pretérito e que a mãe comunicou a escola em duas ocasiões, sem que providências fossem tomadas. Ela também relatou que a coordenadora educacional teria minimizado as queixas da aluna. “Ela chamou a menor na frente de toda a sala e falou que ela não estava sofrendo bullying e nem racismo, que isso era ‘mimimi’ dela”, disse a advogada ao portal LeoDias.
Em contrapartida, a escola defendeu a coordenadora educacional citada, afirmando que ela nunca expôs a aluna e tampouco menosprezou as queixas relatadas. “O que fazemos, em qualquer caso, é justamente o oposto: hospedar, ouvir e endereçar as medidas necessárias. Reforçamos que todas as medidas disciplinares cabíveis, antes e depois do incidente do dia 29 de abril, foram adotadas em conformidade com a legislação educacional vigente no Estado e com nosso Regimento Escolar”.
O Escola Mackenzie afirmou também ao portal LeoDias que tem registros de atendimentos feitos à mãe e à jovem, ressaltando os números: foram dez contatos feitos pelo WhatsApp e outros 22 por e-mail.
Quanto aos irmãos da estudante, que também são bolsistas na instituição, o escola informou que eles continuam frequentando as aulas normalmente e que foi oferecido pedestal psicopedagógico, porém, recusado. A resguardo da família afirmou à reportagem que as crianças também estariam sendo vítimas de perseguição no envolvente educativo.
A instituição também destacou que se reúne com responsáveis dos estudantes para discussões sobre o tema; até o momento, foram sete reuniões e 59 visitas às salas de lição, segundo a escola.
Já sobre a argumento de que os pais teriam sido informados pela direção que a estudante passou mal por conta de uma crise de hipoglicemia, relatado pela advogada à reportagem, a escola desmentiu o vestimenta.
A Polícia Social investiga o caso, inicialmente registrado uma vez que tentativa de suicídio. A família, no entanto, não descarta a possibilidade de tentativa de homicídio, e o celular da jovem passa por perícia.
O caso, inicialmente divulgado pelo SBT, gerou ampla repercussão nas redes sociais e reacendeu debates sobre racismo, bullying e a responsabilidade das instituições de ensino no protecção e segurança de alunos bolsistas.
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