Cenário de abandono: funcionários descobrem ação da Voepass na surdina: “Estão fazendo a limpa”
Segundo relatos, a ação seria uma tentativa de preservar secção do patrimônio antes que ele seja confiscado para pagamento das dívidas, que já somam tapume de R$ 400 milhões, segundo petição apresentada à Justiça
“Estão tirando tudo que tem no hangar, provas da ANAC, peças velhas que eles usavam nos aviões, estão fazendo a limpa”, relatou uma funcionária da Voepass em Ribeirão Preto (São Paulo) à reportagem do portal LeoDias na tarde desta quinta-feira (22/05).
Segundo relatos, a ação seria uma tentativa de preservar secção do patrimônio antes que ele seja confiscado para pagamento das dívidas, que já somam tapume de R$ 400 milhões, segundo petição apresentada à Justiça.
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A VoePass entrou com pedido de recuperação judicial em 22 de abril de 2025. Esta é a segunda vez que a empresa recorre à Justiça para tentar reorganizar suas finanças. A primeira ocorreu em 2020.
A crise atual foi deflagrada em seguida o acidente de agosto de 2024, mas se agravou com o rompimento de um contrato com a Latam, que representava tapume de 93% do faturamento da companhia.
A Anac determinou a suspensão das operações em março deste ano, em seguida identificar irregularidades e falhas de segurança em voos da companhia.
Pouco tempo depois, em abril, a VoePass promoveu demissões em volume. Os números exatos de cortes não foram divulgados.
“Eles estão fazendo isso por conta do bloqueio dos bens, logo eles estão tirando tudo que tem para tirar lá do hangar, provas da Anac, peças velhas que eles usavam nos aviões, estão fazendo a limpa. Todo mundo está sem receber, eles demitiram praticamente todo mundo, só ficou o pessoal do RH, almoxarifado, alguém da limpeza e os diretores”, disse um funcionário, que não terá a identidade revelada.
“Eles são muito bandidos, estão trabalhando nisso a noite toda. Outros caminhões entraram e saíram da companhia a noite toda. Os mecânicos estavam trabalhando lá a noite toda tirando peças do motor, tirando cablagem, tirando peças externas que são muito caras e colocando dentro de caminhões, para que quando o solene de Justiça chegar lá não ter mais zero para penhorar”, contou outro.
Em nota divulgada na idade do pedido de recuperação, a empresa afirmou que a medida fazia secção de uma estratégia de reorganização.
“A iniciativa ocorre em um contexto reptante para o setor leviano regional, que passa por uma subtracção da oferta de aproximação ao transporte leviano no interno do Brasil, e reflete o compromisso da companhia em preservar sua operação, manter o atendimento aos clientes e honrar seus compromissos com colaboradores e fornecedores”, disse a empresa.
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