Líder do PT pede que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica após saída de Zambelli do Brasil
Deputado Lindbergh Farias pede à PGR monitoramento eletrônico de Bolsonaro em seguida aliados deixarem o país
O deputado federalista Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, entrou com um pedido na Procuradoria-Universal da República (PGR) para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passe a usar tornozeleira eletrônica. A solicitação foi feita logo em seguida a deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federalista (STF), anunciar que deixou o Brasil e vai morar na Itália.
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Jair Bolsonaro em entrevista ao conduto AuriVerdeReprodução / YouTube
Jair Bolsonaro deve participar de ato pró-anistia, apesar das orientações médicasReprodução/Instagram
Eduardo Bolsonaro rebate membro do PL contrário a anistiaReprodução/Câmara dos Deputados
Carla ZambelliReprodução / Orbe
No documento, Lindbergh afirma que a tornozeleira eletrônica é uma forma permitido e eficiente de prometer que uma pessoa investigada continue no país. Ele destaca que isso não desrespeita os direitos de Bolsonaro, mas serve uma vez que uma medida de segurança diante dos acontecimentos recentes.
O deputado cita dois pontos principais para justificar o pedido: a relação que Bolsonaro fez ao senador Hamilton Mourão antes de ele prestar testemunho no STF, e a saída de aliados próximos do ex-presidente para o exterior. Além de Zambelli, Lindbergh lembra que o deputado Eduardo Bolsonaro, rebento do ex-presidente, também foi morar fora do país, nos Estados Unidos, em seguida investigações e risco de ter o passaporte retido.
Segundo o parlamentar, os dois têm relação direta com Jair Bolsonaro, e o próprio ex-presidente chegou a expor que ajudou Eduardo a se manter nos EUA com doações feitas por apoiadores via Pix.
“Essas saídas do país mostram que há risco real de fuga de pessoas próximas a Bolsonaro. Por isso, é preciso tomar medidas mais fortes para evitar que ele também deixe o Brasil”, explica Lindbergh no pedido enviado à PGR.
Outro deputado do PT, Rogério Correia (MG), também protocolou um pedido semelhante nesta semana. Em março, os dois já tinham feito uma solicitação conjunta pedindo medidas cautelares contra o ex-presidente, mas não houve resposta até agora.
Com os novos acontecimentos, os parlamentares pedem uma ação rápida da Justiça para prometer que Bolsonaro continue no Brasil enquanto responde às investigações.
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