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Moraes mantém delação de Mauro Cid e ordena acareações com Braga Netto e Torres

Moraes mantém delação de Mauro Cid e ordena acareações com Braga Netto e Torres


O ministro do STF considerou improcedente o pedido de Bolsonaro para anular colaboração premiada e autorizou confrontos entre réus e testemunhas da trama golpista

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira (17/6) o pedido da resguardo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para anular a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. A solicitação foi considerada importuno e inadequada ao atual estágio do processo penal que investiga o núcleo principal da tentativa de golpe de 2022. Apesar disso, o ministro autorizou a realização de acareações entre envolvidos, uma vez que Braga Netto, Anderson Torres e Freire Gomes.

A tentativa de anular a colaboração foi fundamentada por Bolsonaro em mensagens atribuídas a Cid, supostamente publicadas em um perfil anônimo no Instagram e divulgadas pela revista Veja. Nas conversas, o delator criticaria investigadores e insinuaria manipulações na meio do negócio. Mas, a resguardo de Cid alegou que o teor é falso e que se trata de uma fake news. A própria resguardo chegou a pedir investigação sobre o perfil que teria publicado os trechos.

Veja as fotos

Foto: Evarista Sa/AFP

Alexandre de MoraesFoto: Evarista Sa/AFP

Reprodução

Alexandre de Moraes ouve de Cid que era intuito de xingamentos: “Tô viciado”Reprodução

Reprodução: TV Justiça

Mauro Cid fala ao STFReprodução: TV Justiça

Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Braga NettoFoto Marcelo Camargo/Sucursal Brasil

Foto: Evaristo Sa/AFP

Anderson TorresFoto: Evaristo Sa/AFP


Na decisão, Moraes lembrou que já determinou à Meta, empresa responsável pelo Instagram, que forneça os dados do perfil suspeito, mas frisou que o momento processual torna inadequado o questionamento da validade da delação. Ele também observou que não há indícios concretos de que o negócio tenha sido firmado sob filtração ou com provas ilegais.

Ou por outra, Moraes recusou o pedido do general Braga Netto para suspender a ação penal até o desfecho de outras investigações paralelas, uma vez que a da “Abin paralela” e o interrogatório sobre vazamento de dados da Justiça Eleitoral. Para o ministro, esses casos não têm relação direta com o processo principal que envolve Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid.

Por outro lado, Moraes autorizou duas acareações importantes para o curso da ação penal. A primeira será entre Mauro Cid e o general Walter Braga Netto, marcada para às 10h da próxima terça-feira (24/6). A segunda ocorrerá logo em seguida, às 11h, e colocará frente a frente o ex-ministro Anderson Torres e o ex-comandante do Tropa Freire Gomes, que participa uma vez que testemunha e tem obrigação legítimo de expressar a verdade. Réus, uma vez que Braga Netto e Torres, podem optar pelo silêncio.

A decisão também contempla outras solicitações feitas pelas defesas dos acusados. Moraes determinou que a Marinha informe em 48 horas a data de emissão de uma ordem para operação naval de 2021, e que o Google esclareça quando um documento semelhante à minuta golpista teria sido publicado na internet.



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