Advogado revela que Garro está “abalado” e pretende ajudar família da vítima
O meia do Corinthians, Rodrigo Garro, foi indiciado por homicídio culposo em seguida atropelar e matar um motociclista na Argentina
No último sábado (4/1), Rodrigo Garro, do Corinthians, se envolveu em um acidente que acabou com a morte de um motociclista em sua cidade natal, na província de La Palma, na Argentina. O legista do jogador deu detalhes sobre sua versão no último domingo e revelou que o meia está “profundamente comovido”.
Segundo David Divan, Garro estava dirigindo um veículo alugado e assumiu que o desportista tomou “uma ou duas taças” de bebida alcoólica antes de suceder o acidente.
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A versão do legista
No dia do ocorrido, Garro estava completando 27 anos e segundo o legista, ele não “toma álcool habitualmente” e fez isso somente por ocasião das comemorações de seu natalício.
“Ele não toma álcool habitualmente, é um esportista de escol. Era seu natalício, ele havia brindado em uma ou duas ocasiões. Ele foi para morada, trocar de roupa, com um colega. Ele tentou virar [na rua] e não conseguiu ver a motocicleta”, disse David Divan, em entrevista à prelo argentina.
O magistrado ainda revelou que a motocicleta envolvida no acidente estava com as luzes apagadas. Também foi revelado pela prelo argentina que os veículos transitavam em direções opostas e Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, que morreu com a colisão, estava guiando sem elmo.
“Rodrigo [Garro] transita habitualmente por essas ruas e está avezado a encaminhar caminhonetes de grande porte. O que aconteceu foi um acidente imprevisto”, acrescentou o legista.
“Desde o primeiro momento, Rodrigo esteve à disposição da Justiça e da família de Nicolás Chiaraviglio. Ele não tentou fugir do lugar. Ainda não [falaram com a família da vítima], é tudo muito recente, Rodrigo está preocupado nesse sentido, Ricardo, seu pai, também me manifestou o compromisso de nos colocarmos à disposição. Isso aconteceu na madrugada de sábado, mas ele vai tomar essa medida hoje para provar que tentamos colaborar com a Justiça, não vamos atrapalhar a investigação e queremos que tudo se esclareça”, completou.
O caso
Na madrugada do último sábado (4/1), Rodrigo Garro – de férias do Corinthians – se envolveu em um acidente em sua cidade natal, La Pampa, sobre 700 km de Buenos Aires (ARG). O jogador dirigia uma caminhonete Dodge RAM alugada e estava junto ao colega Loquaz Castelli, desportista do Emelec (EQU).
Nicolás Chiaraviglio, que dirigia uma motocicleta, faleceu com a colisão. Segundo testemunhas, o meia do Corinthians estava guiando pela via principal, enquanto Chiaraviglio ia pela pista secundária quando se chocou com o lado do passageiro.
Com o acidente, Rodrigo Garro foi encaminhado à uma delegacia e passou por uma audiência de instrução no domingo (5/1), sendo indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O teste do bafômetro apontou 0,54g para ingestão de álcool, quantidade aquém do mínimo de 1g para que o caso fosse agravado.
O meia foi enquadrado no artigo 84 do Código Penal local, que diz saudação sobre meio imprudente e negligente de veículo automotor – aliás, ele teve a carteira de habilitação suspensa. Depois de prestar testemunho, o jogador foi liberado ainda no domingo.
Uma vez que não há proibitório para Garro deixar a Argentina, o meia deve voltar ao Brasil ainda nesta segunda-feira (6/1) e se apresentar ao Corinthians já na terça, no CT Joaquim Grava, visando o início dos treinamentos para a temporada de 2025. O Timão estreia no Paulistão no próximo dia 16, contra o Red Bull Bragantino.
O Corinthians está prestando base ao meia e até agora conversaram com ele e o legista, o diretor de negócios jurídicos, Vinicius Cascone; o executivo, Fabinho Soldado; o segundo vice-presidente, Armando Mendonça; e o atacante Ángel Romero, um dos companheiros mais próximos a Garro no elenco do clube paulista.
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