Após condenação no STF, Carla Zambelli deixa o país e advogado abandona defesa
Condenada pelo STF, deputada Carla Zambelli viaja ao exterior e anuncia encolhimento do incumbência
A deputada federalista Carla Zambelli (PL-SP) não está mais no Brasil. A informação foi confirmada por ela mesma em entrevista publicada nesta terça-feira (3/5), dias em seguida ser condenada pelo Supremo Tribunal Federalista (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão em regime inicialmente fechado. A decisão também determinou a perda do procuração parlamentar, em razão do envolvimento da deputada na invasão do sistema eletrônico do Juízo Pátrio de Justiça (CNJ), ocorrida em 2022.
Veja as fotos
A saída do país provocou uma reviravolta na equipe jurídica da deputada. O legista Daniel Bialski, que representava Zambelli no processo, comunicou o fechamento de sua atuação no caso. “Fui unicamente informado pela deputada que estaria fora do Brasil para dar perpetuidade a um tratamento de saúde. Todavia, por motivo de renda íntimo, estou deixando a resguardo”, afirmou o legista.
Em vídeo transmitido pelo via AuriVerde, Zambelli afirmou que já está fora do Brasil “há alguns dias” e que procura tratamento médico no exterior. A parlamentar, que possui cidadania italiana, declarou que deve permanecer na Europa, sem mencionar o país em que se encontra atualmente. Em entrevista à CNN Brasil, ela afirmou estar, inicialmente, nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Itália.
Zambelli também informou que pretende solicitar licença não remunerada da Câmara dos Deputados. A medida segue estratégia semelhante à adotada por outros parlamentares, uma vez que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos.
Situação jurídica permite viagens
Apesar da pena, não há impedimentos legais para que a deputada deixe o território vernáculo. O STF não determinou restrições ao passaporte de Zambelli durante a temporada recursal do processo, o que permite sua livre circulação internacional. A parlamentar ainda pode apresentar recursos contra a decisão da Golpe.
Questionada sobre a possibilidade de uma eventual prisão preventiva, Zambelli descartou essa hipótese e argumentou que sua cidadania europeia a protege de uma eventual extradição. “Uma vez que cidadã italiana, sou intocável na Itália. Não há o que o ministro [Alexandre de Moraes] possa fazer para me extraditar de um país onde sou cidadã”, declarou.
Com a resguardo formalmente encerrada, qualquer novidade informação sobre os próximos passos jurídicos da deputada deverá ser encaminhada por meio de sua assessoria. A Câmara dos Deputados ainda não se manifestou sobre o pedido de licença e sobre os efeitos da pena na atuação parlamentar de Zambelli.
Publicar comentário