Aprovação ao Governo Lula cai e especialistas avaliam novos rumos políticos

A mais recente pesquisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4/6), revelou um novo ponto de inflexão na avaliação do terceiro procuração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo os dados, 57% dos brasileiros ouvidos desaprovam a gestão atual, o maior índice desde janeiro de 2023. A aprovação caiu para 40%, a mais baixa registrada até cá.

A desaprovação cresceu em faixas onde o pedestal já era frágil e, pela primeira vez, atingiu níveis inéditos entre eleitores católicos, mais jovens e menos escolarizados, grupos-chave na cartografia eleitoral petista.

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Presidente LulaReprodução

Lula discursando no evento em registro da equipe de redes sociais do Governo FederalistaReprodução: Instagram/Lula

Lula durante pronunciamento à prensa sobre passagem de MujicaReprodução: YouTube/Parlamento del Uruguay

Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução: Mundo

Governo Lula anuncia investimentos da China no BrasilReprodução: YouTube

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Diante desse novo planta de percepções populares, especialistas ouvidos pelo portal LeoDias apontam elementos que ajudam a explicar os números e indicam sinais de tensão entre o exposição político e os efeitos práticos das políticas públicas.

Mudança da base social: “A conexão com o sufragista mudou de tom”

Para o crítico político Alexandre Bandeira, o oferecido mais alarmante está na desconstrução do gavinha entre Lula e os brasileiros de menor renda. “O presidente foi eleito com uma narrativa de retorno à honra, à mesa farta, à cervejinha no término de semana. Agora, é justamente esse eleitorado que começa a se distanciar”, afirma.   

Segundo ele, o empate técnico entre aprovação e reprovação entre os menos escolarizados e o progressão da insatisfação entre os católicos sinalizam não unicamente insatisfação momentâneo, mas uma provável mudança de eixo na notícia política do governo. “A gestão tem falado com a própria bolha, e temas uma vez que o aumento do IOF, as críticas ao Pix e os saques indevidos do INSS caíram uma vez que bombas silenciosas na base da pirâmide”, observa.       

Alexandre também labareda atenção para a deterioração da imagem do governo entre os mais jovens. “Há uma ruptura geracional: a juventude, que em ciclos anteriores abraçava a esquerda, agora demonstra distanciamento e ceticismo”, diz.        

Zelo com os números e atenção aos detalhes

Já o observador político Filipe Faeti propõe uma leitura mais moderada. “Os números apontam uma firmeza técnica em relação à pesquisa anterior, considerando a margem de erro”, ressalta. “Há, inclusive, sinais de recuperação em regiões uma vez que o Nordeste, onde a aprovação voltou a superar a reprovação.”

Faeti destaca que o empate entre aprovação e desaprovação no grupo dos menos escolarizados pode ser interpretado uma vez que um indicativo de que medidas recentes,  uma vez que o reajuste do Bolsa Família e os incentivos à ensino técnica, começam a surtir efeito. “Esse público representa o maior efêmero do eleitorado, e o governo parece estar calibrando novamente o exposição com entregas concretas”, avalia.     

No entanto, o profissional diz que o sobranceiro índice de desaprovação entre os mais escolarizados e a classe média revela um foco de insatisfação persistente com a política econômica. “Questões fiscais, inflação e promessas de campanha ainda não cumpridas continuam pesando nessa fita.”            

Vaga de insatisfação generalizada

Embora os números brasileiros chamam atenção, o fenômeno da subida desaprovação a governos não é individual. Em democracias consolidadas uma vez que Estados Unidos, Alemanha, França e Espanha, os líderes eleitos também enfrentam altos índices de reprovação, muitos deles supra dos 60%.

Para Faeti, esse é um traço generalidade de um novo ciclo político global: “Existe um desgaste generalizado na crédito pública nas instituições e nos líderes, impulsionado por crises econômicas, polarização e mudanças no consumo de informação. O Brasil, nesse vista, unicamente reflete um espelho maior.”