Autismo: por que os diagnósticos cresceram tanto nos últimos anos? Especialista explica
Com mais entrada à informação, muitos adultos supra dos 40 anos têm buscado o diagnóstico de autismo
Há uma dez pouco se falava sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o conhecimento sobre o tema era reduzido comparado a atualidade. A pergunta que fica é: existem mais pessoas com o espectro agora? Na verdade isso se trata de uma percepção crescente. Especialistas concordam que o aumento nos diagnósticos se deve principalmente a uma maior compreensão clínica e social da exigência. Para abordar o tema, a psicóloga Nathasha Vieira, profissional em TEA, conversou com o portal LeoDias.
“O aumento do diagnóstico em crianças dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um pouco visível e muito falado atualmente, porém um dos principais fatores para a quantidade de crianças diagnosticadas dentro do TEA se dá pelo progresso da informação e da ciência. Há alguns anos, pouco se falava sobre o tema, os critérios e diagnóstico eram superficiais e vagos, as crianças autistas levavam por muitas vezes o título de ‘doidas’, ‘desobedientes’ e ‘mal criadas’”, pontuou a psicóloga.
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Por que há mais diagnósticos de crianças autistas hoje do que há uma dez?
A principal razão é o progresso do conhecimento sobre o transtorno. No pretérito, a falta de informação fazia com que muitas crianças autistas recebessem rótulos equivocados, porquê “malcriadas”, “birrentas” ou “antissociais”. Casos mais graves, com crianças não verbais ou com comportamentos agressivos, eram frequentemente internados em clínicas psiquiátricas, sem um diagnóstico preciso — muitas vezes tratadas porquê “retardadas”, termo hoje ultrapassado e ofensivo.
Com o tempo, o aumento das pesquisas, o entrada à internet e a popularização de debates sobre saúde mental contribuíram para a ampliação do conhecimento sobre o espectro autista. Hoje, profissionais contam com instrumentos mais precisos, porquê o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), que apresenta critérios detalhados para o diagnóstico do autismo. Isso permite identificar mais casos e com maior precisão, o que explica o prolongamento nos diagnósticos, principalmente entre as crianças.
Só com os avanços da ciência, tecnologia e serviço de saúde foi verosímil que os diagnósticos se tornassem possíveis. “Há uma dez detrás já existiam muitas crianças autistas, porém, não eram diagnosticadas corretamente. Hoje temos um maior entrada à informação, à tecnologia e ao serviço de saúde, a Organização Mundial da Saúde [OMS] está sempre atualizando os marcos do desenvolvimento de uma gaiato típica, sendo verosímil ter uma melhor compreensão do que é esperado do desenvolvimento de uma gaiato em sua idade cronológica”, disse Natasha.
Com o maior entrada à informação, principalmente por meio da internet, muitos adultos supra dos 40 anos têm buscado diagnóstico. Segundo especialistas, muitos relatam uma puerícia difícil por se sentirem “diferentes” e fora dos padrões. Ao receberem o diagnóstico na vida adulta, experimentam uma sensação de conforto e compreensão.
Outro motivo para essa evolução é a capacitação profissional e especialistas que visam que o diagnóstico seja fechado de forma correta e eficiente.
“Atualmente na clínica, recebo relatos de muitas mães, dizendo que antes de deslindar que o seu fruto era autista, batia sempre na gaiato por não saber porquê mourejar com os comportamentos disruptivos, e que mesmo batendo, os comportamentos não mudaram, por muitas vezes era pior, e elas mesmas relatam que o diagnóstico fez totalidade diferença na compreensão desses comportamentos e em saber porquê mourejar com os seus filhos”, relatou a profissional.
Níveis de suporte do TEA
Hoje, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado em três níveis de suporte, o que substitui antigos termos porquê “autismo ligeiro” ou “severo”. O nível 1 indica menor premência de esteio, enquanto o nível 3 envolve suporte intenso, geralmente com crianças não verbais e com comportamentos mais restritivos.
Com a atualização do DSM, manual que orienta os critérios diagnósticos, os profissionais passaram a identificar o autismo com mais precisão. Aliás, o progresso de terapias porquê a ABA (Estudo do Comportamento Aplicada) e a formação de equipes multidisciplinares — com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros — tem contribuído para o desenvolvimento das crianças no espectro.
Diagnóstico precoce é importante para o desenvolvimento da gaiato autista
O diagnóstico precoce do autismo é fundamental porque, até os 7 anos, o cérebro da gaiato está em sua temporada de maior plasticidade, ou seja, é mais capaz de se harmonizar e aprender. Quanto mais cedo a gaiato for diagnosticada e iniciar terapias, maiores são as chances de desenvolvimento em áreas porquê informação, socialização e linguagem.
Sinais do espectro podem ser observados ainda no primeiro ano de vida. Identificá-los logo permite que intervenções sejam iniciadas rapidamente, favorecendo o lucro de habilidades e uma melhor qualidade de vida.
Protecção
Crianças autistas percebem o mundo de maneira dissemelhante. Sons, texturas, mudanças na rotina e até pequenos desvios no dia a dia podem motivar desconforto e sofrimento real, devido à hipersensibilidade sensorial e à rigidez cognitiva, características comuns do espectro. “A gente tem que tentar compreender e se colocar no lugar dela”, destacou a profissional.
Por isso, o protecção é fundamental — tanto em lar quanto nos espaços terapêuticos e educacionais. Entender que determinados comportamentos não são “frescura”, mas reações a estímulos que fogem do previsível, é o primeiro passo para uma convívio mais empática.
Com cinco anos de experiência na espaço, a psicóloga Natascha Vieira (CRP 06/192338) é profissional em Estudo do Comportamento Aplicada (ABA) e Teoria Cognitivo-Comportamental. Ela atua em São Paulo, onde desenvolve seu trabalho galeno.
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