Banco Central divulga projeção de juros mais baixos e queda na inflação para o ano
O relatório Focus indica redução nas expectativas para a inflação e a taxa Selic, mas o cenário econômico ainda preocupa com IPCA supra da meta
O cenário econômico para 2025 passou por novos ajustes nesta segunda-feira (5/5), de harmonia com o Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Médio. Economistas do mercado financeiro reduziram pela terceira vez consecutiva a previsão da inflação para o ano de 5,55% para 5,53%. Apesar da ligeiro queda, a projeção permanece acima do limite superior da meta estabelecida para o período, que é de 4,5%.
A expectativa de subida do Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Extenso (IPCA) para o mês de abril também foi ajustada, passando de 0,44% para 0,43%. O resultado solene do índice será divulgado na próxima sexta-feira (9/5). Até março, o IPCA acumulava 5,48% em 12 meses, sinalizando que a inflação pode mais uma vez superar a meta solene do governo.
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Números divulgados nesta segunda-feira (5/5) e colhidos na sexta-feira da semana passada (2/5)Reprodução: Banco Médio/Governo Federalista
Reprodução: Banco Médio/Governo Federalista
Gabriel Galípolo, presidente do Banco MédioReprodução/Escritório Brasil
Banco MédioReprodução
No relatório, os economistas ainda atualizaram as previsões para os próximos anos. Em 2026 a inflação prevista é de 4,51%; para 2027, a projeção é mantida em 4%; e em 2028, deve ocorrer uma ligeiro subida de 3,78% para 3,80%.
Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 6 e 7 de maio, o mercado também ajustou para ordinário sua expectativa quanto à taxa básica de juros. A projeção para o termo de 2025 caiu de 15% ao ano para 14,75% ao ano, encerrando uma sequência de 16 semanas sem revisões.
Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano, em meio a um ciclo de elevações iniciado em setembro do ano pretérito. O mercado espera que a taxa suba novamente nesta quarta-feira (7/5), mas de forma mais moderada, com aumento de 0,50 ponto percentual.
A partir de 2025, a meta de inflação brasileira passou a ser apurada de forma contínua, com avaliação mensal do reunido em 12 meses. Para ser considerada dentro do objetivo, a inflação deve se manter entre 1,5% e 4,5% por pelo menos seis meses consecutivos. Caso contrário, será caracterizado o descumprimento da meta.
Dissemelhante da inflação e dos juros, as expectativas para o prolongamento do Resultado Interno Bruto (PIB) brasiliano não sofreram alterações. O mercado mantém as seguintes estimativas: para 2025, 2%; para 2026, 1,70%; para 2027, 2% e para 2028, 2%.
Em relação à balança mercantil, o saldo positivo estimado para 2025 permanece em 75 bilhões de dólares.
Publicado sempre às segundas-feiras, o Relatório Focus compila as expectativas de mais de 100 instituições financeiras sobre os principais indicadores macroeconômicos do país. As estimativas não representam previsões do Banco Médio, e sim o consenso do mercado sobre o que esperar da economia brasileira no pequeno e médio prazo.
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