Bel Kutner e filho pedem regulamentação da cannabis medicinal: “Questão de saúde”
Ao lado de Davi, seu fruto com condições neurológicas raras, a atriz relatou os efeitos transformadores do canabidiol na saúde do jovem
Bel Kutner voltou a usar sua visibilidade para tutelar uma taxa urgente para muitas famílias brasileiras: a regulamentação da cannabis para fins medicinais. Em vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (13/5), a atriz de 54 anos apareceu ao lado do fruto, Davi, de 19, incentivando seus seguidores a assinarem a petição do coletivo “Repense o Óbvio”, que reúne associações ligadas à culpa.
“A regulamentação das associações de cannabis é uma questão de saúde para muitas famílias uma vez que a nossa, né Davi? Assinem, ajudem!”, disse ela no vídeo, emocionada com a presença e o pedido do fruto.
Veja as fotos
Bel e Davi anos detrásDivulgação: Registro/O Orbe
Bel KutnerFoto: Pino Gomes
Bel com as irmãs e o paiDivulgação: Registro pessoal
Bel com a família: o pai Paulo José, a mãe Dina Sfat, e as irmãs Clara e AnaDivulgação: Registro pessoal
Bel em “Vamp”Divulgação: Orbe
Bel em “Verdades Secretas”Foto: Reinaldo Marques/Orbe
Na gravação, Davi, que vive com epilepsia, autismo e esclerose tuberosa, a última uma requisito genética rara e degenerativa, participou ativamente do apelo. Ele é fruto da relação de Bel com o músico Fabio Mondego. A atriz escreveu ainda na legenda: “Regulamentação urgente! Tantas outras lutando para salvar vidas!”.
O uso do canabidiol (CBD) foi um divisor de águas na rotina da família. Em entrevista à revista Quem em março deste ano, Bel contou que as crises de epilepsia do fruto só começaram a ser controladas na juvenilidade, posteriormente anos de luta, com a introdução do medicamento à base da substância. “Só na juvenilidade que nós conseguimos controlar as crises com o auxílio do canabidiol, que entrou nas nossas vidas e fez uma diferença brutal porque não só diminuiu a quantidade de anticonvulsivantes que ele terá que tomar para o resto da vida, uma vez que diminuiu também os efeitos colaterais das medicações. É um remédio que tem sido de grande suporte”, disse ela.
Além de atuar uma vez que porta-voz da culpa, Bel é integrante da Esteio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (APEPI), entidade que milita pela legalização do uso terapêutico da vegetal. Ela explicou que, recentemente, passou a usar um extrato concentrado importado de uma empresa de brasileiros nos Estados Unidos, país onde o cultivo e a distribuição do CBD já são regulamentados.
Apesar dos avanços no exterior, Bel criticou os obstáculos enfrentados no Brasil. “Toda hora é uma ameaço, toda hora estão querendo proibir, e é um paradoxal porque são milhares de famílias que dependem disso para os seus filhos viverem”, desabafou.
Entre os efeitos positivos, a atriz destacou uma mudança notável no comportamento do fruto: “Tivemos uma diferença de humor muito grande, o que faz muita diferença porque o Davi, na juvenilidade, começou a ter crises de comportamento que são incomuns para os casos uma vez que o dele e é um pouco muito difícil de contornar”, relatou a atriz.
Além de atriz, Bel Kutner é também diretora de teatro. Filha dos renomados atores Dina Sfat e Paulo José, iniciou sua curso artística aos 13 anos. Sua estreia na televisão foi em 1987, na romance “Corpo Santo”, da Rede Manchete. Desde logo, construiu uma sólida trajetória na teledramaturgia brasileira, com destaque para papéis em produções uma vez que “Vamp”, de 1991; “Querubim Mau”, de 1997; “A Favorita”, de 2008 e “Verdades Secretas”, de 2015.
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