Bloqueio de R$ 31,3 bilhões nas contas públicas: o que muda na vida do consumidor?
Medida do governo para tentar sustar o desenvolvimento das despesas não tem impacto tão grande a pequeno prazo; porém, pode afetar obras públicas, bolsas de estudo e serviços, aponta economista
O governo federal anunciou o bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento para tentar segurar o desenvolvimento das despesas públicas e executar a meta fiscal deste ano. Mas, finalmente, o que isso significa para o consumidor e uma vez que essa decisão pode afetar a economia dentro de vivenda? O economista Roberto Luis Troster afirmou ao portal LeoDias que a medida funciona uma vez que um “balde de chuva fria” para sustar o ritmo dos gastos.
Segundo o perito, em vez de trinchar de vez o quantia, o governo congela secção das despesas por enquanto, adiando algumas decisões de investimento e gasto para ver se as contas melhoram, seja com aumento de receitas ou redução de despesas. “É um bloqueio, não um namoro. Ele vai bloqueando enquanto ele não estiver cumprindo a meta. Se insistir mais, aí sim será um namoro”, explicou Troster.
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A razão principal para esse bloqueio é para executar a meta fiscal, uma vez que afirmou o ministro da Rancho, Fernando Haddad. Conforme Troster, as despesas estão crescendo rapidamente no país e, por isso, tudo o que não for urgente é bloqueado, a término de executar regras. Ou por outra, o economista aponta que bloqueios uma vez que oriente tentam preservar o atendimento à população e atuar em investimentos com pouco efeito, uma vez que prorrogação de prazo de obras, verbas para CAPS, bolsas de estudo e pesquisa ou programas de fomento.
Na prática, o impacto no dia a dia das famílias tende a ser restringido, pelo menos no pequeno prazo. Segundo Troster, o governo geralmente preserva os serviços essenciais, uma vez que o pagamento de salários, aposentadorias e programas sociais, uma vez que o Bolsa Família. Porém, o efeito subitâneo pode ser sentido de forma indireta: obras de infraestrutura que demoram mais para terminar, redução de verbas para pesquisa e, eventualmente, serviços públicos com menor qualidade. “Mas não é um impacto tão grande”, tranquilizou o economista.
Por enquanto, a conta não chega diretamente na vivenda do brasílio, mas Troster alerta que essa estratégia não resolve o problema a fundo. “Eu diria que o impacto é pequeno, mas poderia ter um efeito maior se começasse a discutir as despesas obrigatórias e uma série de medidas para mudar a tendência. Se não, estamos jogando um pouco de chuva fria na fervura”, disse o economista.
O bloqueio, portanto, uma vez que analisado por Troster, é mais uma tentativa de sinalizar ao mercado que o governo está tentando lastrar as contas, sem um impacto direto e subitâneo no bolso da população.
Mas, ele ressaltou que, para o país crescer de forma sustentável, será preciso ir além e discutir medidas mais estruturais, uma vez que mudanças em despesas obrigatórias e novos caminhos para a arrecadação. “Faria muito mais se começasse a revisar os gastos, a revisar as despesas obrigatórias, a tributar a renda fixa, já que o rendimento está tão cimalha… Quer expor, você tem medidas que podem ser tomadas, mas a timidez é um pouco que não é patível com o quadro econômico e financeiro que o país tem agora”.
Conforme a equipe econômica do governo, os cortes afetam R$ 24 bilhões em despesas dos ministérios e R$ 7 bilhões em emendas parlamentares. O Ministério da Ensino (MEC) foi poupado, enquanto outros, uma vez que o da Saúde, sofreram reduções significativas. O ministro da Rancho, Fernando Haddad, justificou as medidas pelo aumento de gastos obrigatórios e queda na arrecadação, destacando que o monitoramento orçamentário é contínuo e ajustes podem ser feitos de consonância com a evolução da economia.
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