Bolsonaro diz que achava que discurso sobre estado de sítio era do celular de Mauro Cid
Em prova ao STF, Bolsonaro disse que recebeu de seu jurisconsulto a traslado do exposição encontrado em sua mesa
Em prova ao Supremo Tribunal Federalista (STF) nesta terça-feira (10/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o exposição sobre estado de sítio, encontrado pela Polícia Federalista em sua mesa na sede do Partido Liberal (PL), não foi escrito por ele. Segundo Bolsonaro, o documento foi enviado por seu jurisconsulto e seria uma traslado de material retirado do celular de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.
“Foi apreendido na minha mesa esse papel. Quem mandou para mim foi o doutor Paulo, meu jurisconsulto, que extraiu do interrogatório. Ele que imprimiu e mandou para mim”, disse o ex-presidente durante o interrogatório.
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Bolsonaro contou que pediu ao jurisconsulto cópias de trechos do processo em que é investigado, e que o teor foi enviado por mensagem antes de ser impresso. Ainda de tratado com ele, o material foi enviado exclusivamente para sua leitura e não foi produzido por sua equipe.
“O exposição não é meu, não. Alguém pegou esse exposição em qualquer lugar aí, faz segmento do interrogatório, e mandou para mim. Tomei conhecimento quando ele mandou para mim. Acho que seria do telefone do Cid”, afirmou.
O documento em questão foi encontrado durante uma operação da Polícia Federalista em fevereiro de 2023. O texto menciona um verosímil estado de sítio, medida extrema que suspende temporariamente direitos e garantias constitucionais, e é tratado uma vez que uma das principais provas na investigação sobre uma verosímil tentativa de golpe depois as eleições de 2022.
O prova de Bolsonaro faz segmento da Operação Tempus Veritatis, que investiga a atuação de pessoas próximas ao ex-presidente na pronunciação de medidas que poderiam levar a uma ruptura institucional.
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