Bolsonaro é convocado pela PF em dois inquéritos no mesmo dia, caso Zambelli e Eduardo
Ex-presidente prestará testemunho em dois inquéritos no mesmo dia, um deles ligado à deputada foragida Carla Zambelli
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federalista (PF) para prestar testemunho nesta quinta-feira (5/6) em dois inquéritos diferentes. Além do processo que investiga seu rebento, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ele também vai depor no caso que envolve a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que está atualmente fora do Brasil.
Zambelli é investigada por provável tentativa de atrapalhar investigações e por filtração, quando alguém tenta pressionar ou influenciar indevidamente o curso de um processo. A PF abriu esse novo questionário depois a deputada declarar, em entrevista, que pretende atuar na Europa contra o Supremo Tribunal Federalista (STF). O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
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A parlamentar deixou o Brasil depois de ser condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Recomendação Vernáculo de Justiça (CNJ) e inserir uma ordem de prisão falsa contra o ministro Moraes. A Procuradoria-Universal da República (PGR) pediu sua prisão preventiva e a inclusão do nome dela na lista da Interpol, o que foi autorizado por Moraes. A inclusão foi feita na manhã desta quinta-feira.
Nas redes sociais, Zambelli tem feito críticas ao STF e, segundo aliados, quer assumir na Europa um papel semelhante ao que Eduardo Bolsonaro tem exercido nos Estados Unidos: fazer uma espécie de resguardo política do ex-presidente no exterior. Ela afirmou ter cidadania italiana, o que pode facilitar sua permanência no continente europeu.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, também está sendo investigado por suposta tentativa de obstruir a Justiça. Ele teria buscado base de aliados do ex-presidente Donald Trump para pressionar autoridades brasileiras. Segundo ele, sua ida aos Estados Unidos tem porquê objetivo buscar punições ao ministro Alexandre de Moraes e à PF.
Com isso, Bolsonaro será ouvido nos dois casos, que tramitam no Supremo Tribunal Federalista. A PF quer entender se há relação entre ele e as ações de seus aliados mais próximos. As investigações tentam mapear uma provável atuação coordenada de figuras do grupo bolsonarista, dentro e fora do país.
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