Brasileiro preso por Israel em missão humanitária se recusa a ser extraditado
Brasílico impedido por Israel durante missão humanitária à Gaza resiste à extradição, e governo israelense afirma que ativistas serão levados à Justiça
O brasileiro Thiago Ávila permanece impedido em Israel depois se recusar a assinar os documentos de extradição exigidos pelas autoridades locais. Ele é um dos 12 ativistas que foram capturados por militares israelenses ao tentar romper o bloqueio à Tira de Gaza, em uma ação que buscava entregar ajuda humanitária à região. O governo de Israel declarou que os estrangeiros que se negarem a deixar o país voluntariamente serão levados a um juiz, conforme a legislação israelense.
A embarcação Madleen, que transportava medicamentos e provisões, uma vez que arroz, fazia segmento da iniciativa organizada pela Freedom Flotilla Coalition. O grupo foi interceptado em águas internacionais por forças israelenses. Segundo a coalizão, a ação foi proibido e as prisões, arbitrárias. A resguardo dos detidos pretende apresentar um pedido para que eles sejam liberados e possam continuar as atividades em Gaza.
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Thiago ÁvilaReprodução / Instagram
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Quatro dos ativistas já foram expulsos de Israel e enviados a seus países de origem. Entre eles, estão a sueca Greta Thunberg, os franceses Baptiste Andre e Omar Faiad, e o espanhol Sergio Toribio. O governo de Israel divulgou imagens dos detidos embarcando em voos que partiriam rumo à Europa. Já Thiago Ávila, que tem mais de 780 milénio seguidores em redes sociais, segue sob custódia por se recusar a admitir a extradição.
Antes da detenção, o brasílio compartilhou vídeos nas redes sociais alertando sobre a possibilidade de um ataque israelense. Em uma das gravações, afirmou: “Estamos para ser atacados pelo mais cruel e odioso tropa do mundo”. Em outro vídeo, publicado depois a interrupção das comunicações, declarou: “Se você está assistindo a oriente vídeo, quer manifestar que fui impedido ou sequestrado por Israel”.
A esposa de Thiago, Lara, publicou um apelo público pedindo ajuda para pressionar as autoridades brasileiras em obséquio da libertação. “Nós precisamos da ajuda de vocês, que cobrem parlamentares, o Itamaraty, o governo brasílio”, disse. O par tem uma filha de um ano.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por sua vez, exigiu a libertação imediata dos tripulantes. Em nota, o governo de Israel ironizou a operação humanitária: “A pequena quantidade de ajuda no iate que não foi consumida pelas ‘celebridades’ será transferida para Gaza pelos canais humanitários reais”.
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