Calendário em xeque: CBF reduz Estaduais e acirra disputa com federação paulista
Decisão de reduzir o número de datas dos campeonatos locais a partir de 2026 amplia divergências entre Samir Xaud e Reinaldo Carneiro Bastos, posteriormente disputa política na eleição da CBF
A decisão da novidade gestão da CBF de limitar os campeonatos estaduais a 11 datas a partir de 2026 aumentou o atrito entre a entidade e a Federação Paulista de Futebol. O galanteio representa uma redução de muro de 30% em relação às 16 datas atualmente disponíveis para os torneios locais. O proclamação foi feito logo posteriormente a eleição do novo presidente da CBF, Samir Xaud, e é visto por interlocutores do futebol paulista uma vez que um movimento direcionado ao presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, que tentou concorrer no pleito, mas não conseguiu registrar placa. Das 27 federações estaduais, unicamente a paulista não enviou representante para a votação. As informações são do portal Ge.
“Uma das primeiras mudanças é a redução de datas do estaduais. Estamos projetando fazer com 11 datas a partir do ano que vem. É uma singela mostra de que nós queremos mesmo que mude. Nós começaremos com o pé recta”, declarou Samir Xaud logo posteriormente assumir a presidência da CBF.
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Ele acrescentou: “Já estamos conversando com os presidentes (das federações estaduais) sobre as datas. Não acredito que teremos problemas. Os Estaduais agora terão que se adequar às normas da CBF”.
O Campeonato Paulista é o estadual mais rentável do país. Além das receitas de bilheteria, que bateram recorde em 2025 com média de 12.398 pagantes por jogo, o torneio distribui cotas significativas. Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo recebem R$ 44 milhões cada um, valor equivalente à premiação de um finalista da Despensa do Brasil. Para os demais clubes, os valores variam entre R$ 8 milhões e R$ 13 milhões.
Neste ano, a arrecadação média por partida foi de R$ 845 milénio, contra R$ 563 milénio do Campeonato Carioca. O Corinthians, vencedor da edição, faturou R$ 25 milhões com bilheteria durante o estadual.
Além do desgaste político, a FPF já havia entrado em rota de colisão com a CBF e a Conmebol ao tentar pospor compromissos de Corinthians e Palmeiras em competições nacionais e internacionais durante a Data Fifa, às vésperas da segunda final do Paulista. A solicitação visava liberar atletas convocados, o que não foi atendido.
Durante o processo eleitoral da CBF, sete dos nove clubes paulistas com recta a voto boicotaram a votação. Bragantino, Corinthians, Mirassol, São Paulo, Novorizontino, Ferroviária e Botafogo-SP não participaram. Santos e Palmeiras foram os únicos presentes, sendo que unicamente o clube alviverde declarou esteio à candidatura de Xaud.
O novo presidente da CBF sustenta que a revisão do calendário é uma das prioridades da novidade gestão, citando uma vez que exemplo a sobrecarga em 2025 causada pela antecipação dos estaduais e o fechamento do Campeonato Brasiliano em 21 de dezembro, devido à pausa para a Despensa do Mundo de Clubes, entre junho e julho. Ele defende que a adequação seja feita já a partir do próximo ano, quando novamente o calendário pátrio será impactado pelo torneio internacional.
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