Caso Regina Gonçalves: Ex-motorista é investigado por morte de irmã de socialite
O portal LeoDias teve entrada com exclusividade a cartas de ex-funcionários da mansão de Regina Gonçalves, onde relatam terem presenciados agressões e maus-tratos contra a mana da socialite, Therezinha Yamada
De concordância com informações repassadas por Thiago Gebaili, legista de Marcelo Yamada, que é rebento de Therezinha e sobrinho de Regina, em novembro de 2024, teria sido proposta ação judicial na qual Marcelo alegou que José Marcos pode ter contribuído para o óbito de sua mãe, que faleceu em 21 de maio de 2016, poucos dias depois supostamente tombar da escada da mansão de Regina, localizada em São Conrado, no Rio de Janeiro.
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O legista indicou ainda ao portal LeoDias que diversos relatos contidos em cartas escritas por ex-funcionários da mansão teriam sido anexados ao questionário policial que investiga José Marcos Chaves Ribeiro. Nas cartas, os funcionários afirmam que tanto Regina quanto o ex-motorista maltratavam Therezinha, negando-lhe socorro e os medicamentos necessários.
Adicionalmente, estas cartas indicariam que Regina e José Marcos teriam confinado Therezinha na varanda externa da mansão, próxima à piscina, deixando-a sem cuidados, maná ou chuva. Já debilitada por uma broncopneumonia, Therezinha teria sido levada para uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS, em vez de ser encaminhada ao hospital conveniado. Depois alguns dias internada na UPA, ela veio a falecer em 21 de maio de 2016.
Em uma das cartas que Marcelo relata estar anexada ao questionário, uma das ex-funcionárias da mansão teria relatado que presenciou diversas agressões contra Therezinha, entre elas a do dia 8 de maio de 2016, quando a idosa teria tombado da escada da mansão.
Com exclusividade, o portal LeoDias teve entrada a algumas destas cartas: “Sou testemunha da agressão física praticada pelo Sr. José Marcos Chaves Ribeiro, à Sra. Therezinha Lemos Yamada no dia 8 de maio de 2016 e também presenciei as inúmeras vezes que ele prendia a idosa do lado de fora da mansão, deixando ela passar a noite no jardim com indiferente, seria uma forma de castigá-la por um tanto que o desagradasse, e ainda tomava o celular da idosa para que ela não ligasse para ninguém”. Esta missiva teria sido escrita a próprio punho e assinada por uma testemunha em 18 de janeiro de 2018.
A missiva segue: “Dona Therezinha acabou parando na UPA de Copacabana depois passar por inúmeras agressões e ameaças, até vir a falecer no dia 21 de maio de 2016. José Marcos, apesar de ser funcionário da Sra. Regina Lemos Gonçalves declarasse porquê namorado e até mesmo marido da idosa a qual ele vive embriagando-a de forma disfarçada para tirar vantagens”.
Ao portal LeoDias, o legista de Marcelo Yamada, Thiago Gebaili, informou ainda que a suspeita é que José Marcos tenha empurrado a idosa escada inferior, causando uma fratura em seu braço.
“Tanto Marcos quanto Regina maltratavam Therezinha e negavam-lhe o socorro, muito porquê não dava os remédios necessários a ela, até que, em certa profundeza, Therezinha foi empurrada por Marcos na mansão em São Conrado (não no ap do Ed. Chopin) e caiu quebrando o braço, Nesta ocasião ambos (Regina e Marcos) teriam trancado Therezinha na varanda externa da mansão próxima a piscina, sem cuidados, sem socorro, sem comida e sem chuva. Neste sítio ela se urinava e fazia excrementos, além de estar com o braço quebrado”, contou o legista ao portal LeoDias.
Ainda de concordância com o legista, os filhos de Therezinha só foram informados do falecimento no dia do enterro, sem terem sido comunicados previamente sobre sua internação ou as condições em que se encontrava.
“Os filhos de Therezinha somente foram comunicados do falecimento no dia do enterro, não sabiam nem da internação”, contou o legista.
Regina Gonçalves também estaria sob investigação, por preterição.
O legista atualizou o caso informando que, atualmente, o Ministério Público do Rio de Janeiro conduz duas linhas de investigação:
- Risca 1: Aponta José Marcos porquê o principal suspeito de envolvimento na morte de Therezinha.
- Risca 2: Investiga uma verosímil preterição de Regina Gonçalves, que pode ter contribuído para o óbito da mana, configurando delito comissivo incoveniente.
O caso estaria sob a responsabilidade da promotora Dra. Eyleen Marenco, do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Por término, informou ainda que em dezembro de 2024, a Polícia Social do 12º Região Policial teria cumprido um mandado de procura e inquietação na residência de São Conrado, onde José Marcos supostamente se encontrava. Que durante a operação, foram encontrados pertences de Therezinha Lemos – entre eles jóias e cartões bancários com anotações de senhas – que não foram entregues aos filhos depois o falecimento. Esses itens estariam sob custódia da Polícia Social.
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