google.com, pub-1419914821759137, DIRECT, f08c47fec0942fa0
×

Dia do Orgulho Autista: especialistas destacam desafio do diagnóstico: “Não é uma limitação”

Dia do Orgulho Autista: especialistas destacam desafio do diagnóstico: “Não é uma limitação”


O portal LeoDias conversou com especialistas que explicam as características do diagnóstico tardio, seus impactos e os desafios para uma real inclusão

Nesta quarta-feira (18/6), é festejado o Dia do Orgulho Autista, uma data criada para fortalecer a visibilidade e combater o preconceito. De contrato com dados do Recenseamento 2022 divulgados pelo Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE), 2,4 milhões de brasileiros declararam ter o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que representa 1,2% da população. Apesar disso, muitos ainda passam anos ou até décadas sem saber que fazem segmento do espectro.

Para entender por que tantas pessoas só recebem o diagnóstico na vida adulta, o portal LeoDias conversou com especialistas que explicam as características do diagnóstico tardio, seus impactos e os desafios para uma real inclusão.

Veja as fotos

Reprodução: Freepik

Transtornos do espectro autistaReprodução: Freepik

Reprodução: Freepik

Transtornos do espectro autistaReprodução: Freepik

Reprodução: Freepik

Transtornos do espectro autistaReprodução: Freepik

Reprodução: Freepik

Transtornos do espectro autistaReprodução: Freepik

Autismo - Foto: Reprodução/Freepik

Autismo – Foto: Reprodução/Freepik

Autismo - Foto: Reprodução/Freepik

Autismo – Foto: Reprodução/Freepik


Quando o diagnóstico só chega depois dos 30, 40, 50 anos…

O Transtorno do Espectro Autista é mais geral do que se imagina. Segundo o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), dos Estados Unidos, 1 em cada 36 crianças está no espectro. No entanto, muitos adultos vivem sem diagnóstico até que alguma coisa os faça questionar: um rebento autista, a sobrecarga emocional metódico ou o entrada a mais informações sobre o tema.

“Muitos adultos só começam a duvidar quando veem traços nos próprios filhos ou posteriormente terem entrada a informações mais amplas sobre o TEA. O diagnóstico tardio pode trazer desafios emocionais, mas também é uma oportunidade de autoconhecimento e protecção”, explica o psicólogo Damião Silva, perito em transtornos do neurodesenvolvimento.

Silva destaca que, em adultos, o autismo pode se manifestar de maneira mais sutil: “São pessoas que podem ter desenvolvido estratégias para ‘mascarar’ suas dificuldades, o que retarda a identificação do transtorno”. Entre os sinais mais comuns estão dificuldade na informação social, hiperfoco em interesses específicos, sensibilidade sensorial e dificuldades em manter relacionamentos.

Celebridades também enfrentam o diagnóstico tardio

Casos de pessoas públicas que receberam o diagnóstico na vida adulta também ajudam a trazer luz ao ponto. O ator Anthony Hopkins descobriu estar no espectro aos 70 anos. O rapper Kanye West revelou o diagnóstico posteriormente uma novidade avaliação médica. A atriz Bella Ramsey, estrela da série The Last of Us, recebeu a confirmação de que é autista enquanto gravava a produção. Já Leticia Sabatella contou, em entrevista ao programa Sem Exprobação, da TV Brasil, que foi diagnosticada em 2023, aos 52 anos.

Outros nomes uma vez que Tallulah Willis, filha de Bruce Willis e Demi Moore, Elon Musk e a ativista Greta Thunberg também fazem segmento do espectro e contribuem para ampliar o debate e desconstruir estereótipos.

“Mascarar comportamentos para se encaixar”

A psicóloga e neurocientista Nathalie Gudayol, que atua há mais de 12 anos na interface entre psicologia e neurociência, explica que identificar o TEA em adultos exige atenção redobrada: “O diagnóstico tardio em adultos acontece porque muitos aprendem a adequar comportamentos para ‘se encaixar’ em ambientes sociais, o que pode gerar um desgaste emocional significativo. O reconhecimento dessas características é fundamental para oferecer suporte adequado e promover o autoconhecimento.”

Segundo ela, esse esforço contínuo para parecer “normal” pode levar ao esgotamento mental e físico. “Não é que essas pessoas não tenham dificuldades, elas unicamente aprenderam a escondê-las.”

Quando a inclusão só acontece no papel

Além do diagnóstico, outra barreira que adultos autistas enfrentam é o envolvente profissional, ainda pouco prestes para mourejar com a neurodiversidade. O psiquiatra Iago Fernandes, que é autista, tem TDAH e é pós-graduado em TEA, afirma: “Muita gente acha que contratar um autista é inclusão. Mas, se essa pessoa precisa mascarar quem ela é, se está sempre esgotada por excesso de estímulos ou se vive em silêncio por pânico de parecer ‘estranha’, isso é só um novo tipo de exclusão — agora com crachá”.

Para ele, a dificuldade não está na capacidade dos autistas, mas na falta de estrutura e compreensão das organizações. “A situação é agravada por microviolências cotidianas uma vez que interrupções constantes, ambientes barulhentos, reuniões improvisadas e a falta de instruções claras. O cérebro autista funciona de forma dissemelhante. A gente precisa de previsibilidade, transparência e saudação aos nossos tempos. Isso não é limitação, é unicamente uma forma distinta de perceber o mundo”, completa.



Source link

Publicar comentário