Em Paris, Lula reforça críticas a Bolsonaro e defende regulação das redes sociais
Em evento na capital francesa, o presidente pediu ação do Congresso Pátrio e disse ter feito mais do que seu predecessor em metade do tempo
Durante uma cerimônia nesta quinta-feira (5/6) na Prefeitura de Paris, promovida pela prefeita Anne Hidalgo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou por mais de 40 minutos para a comunidade brasileira na França, combinando resguardo da democracia, recados ao Congresso Pátrio e duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao longo do exposição, o presidente fez duas menções diretas a Bolsonaro. A primeira foi uma denunciação contundente relacionada à transporte da pandemia. Segundo Lula, o ex-presidente será responsabilizado no porvir. “No Brasil, haverá um dia em que Bolsonaro será julgado uma vez que criminoso por não respeitar a ciência e permitir que morresse mais de 700 milénio pessoas de Covid-19 quando ele orientava as pessoas para tomar remédio que cientificamente não servia para combater a doença; e quando ele fazia exposição para que as pessoas não tomassem a vacina porque ela fazia virar gay, mulher, jacaré, numa prova de desrespeito”, declarou ele.
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Ao terminar o exposição, Lula abraça a prefeita de Paris, Anne HidalgoReprodução: YouTube/Conduto Gov
Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução
Jair Messias BolsonaroReprodução: Instagram
Mendonça defende endurecer regras para redes sociais em julgamento no STFReprodução: Escritório Brasil
Em outro momento, Lula comparou a atuação de seu governo à do predecessor. “Tenho certeza que em dois anos e quatro meses de governo nós já fizemos o duplo do que outro governo fez e do que o golpista fez. No campo da ensino, da saúde, da construção social, da geração de trabalho, do aumento do salário, eu tenho certeza que nós fizemos o duplo deles”, afirmou.
Já em relação ao Marco Regulatório da Internet, um dos temas mais atuais do momento no país, Lula defendeu, em um dos principais trechos de sua fala, a regulação das plataformas digitais. O presidente do Brasil cobrou atitude do Legislativo brasiliano e não descartou o envolvimento do Judiciário caso o Congresso não aja.
“Estamos precisando trabalhar a regulação das redes digitais. A rede social não tem zero e tem muita coisa ruim, sobretudo para crianças e adolescentes. É preciso que o Parlamento tenha coragem. Se o Parlamento não tiver, que tenha a Suprema Incisão de fazer uma regulação. É uma recontro dissemelhante. É uma recontro que vai precisar mais participação social”, disse ele, ressaltando a urgência da população entender o que são as fake news e uma vez que elas podem mudar os rumos de uma país.
Nesta quinta-feira (5/6), o Supremo Tribunal Federalista (STF) analisa em julgamento no órgão a constitucionalidade do cláusula 19 do Marco Social da Internet, instituído por lei e que estabelece os princípios, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Ele determina ainda que as plataformas digitais só podem ser responsabilizadas por conteúdos de terceiros se não cumprirem uma ordem judicial para remoção do material considerado ilícito. O julgamento tem gerado debates sobre a urgência de atualização da legislação para mourejar com desafios contemporâneos, uma vez que a disseminação de desinformação e discursos de ódio nas redes sociais.
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