Especialista explica procedimento feito por Maya Massafera para mudar a cor dos olhos
Oftalmologista avaliou o risco do procedimento estético, que pode ser considerado invasivo e perigoso
Maya Massafera surpreendeu os internautas ao se subordinar a uma diferença na cor dos olhos, conforme revelado pelo portal LeoDias. A artista originalmente exibia olho castanho e agora esbanja olhos verdes. Para entender o procedimento que mudou a cor oriundo dos olhos da influenciadora, entrevistamos um técnico no objecto. Confira.
O oftalmologista André lazzetti Sigueta explicou que existem duas técnicas utilizadas com fins estéticos para modificar a cor dos olhos: implante de íris sintético (que é invasivo) e a despigmentação a laser (minimamente invasiva).
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No implante de íris sintético, introduz-se um implante de silicone pigmentado na câmara anterior do olho, sobre a íris oriundo, por meio de uma incisão corneana: “A inserção é feita com instrumentos de manuseio intraocular semelhantes aos usados em cirurgias de catarata”, ressaltou André lazzetti.
Já na despigmentação a laser, utiliza-se um laser de baixa força para destruir seletivamente os melanócitos do estroma anterior da íris: “Isso promove clareamento progressivo da íris, geralmente de castanho para verdejante ou azul. É um processo gradativo, podendo exigir até 4–5 sessões com intervalos mensais”, destacou o técnico.
Alguns ricos devem ser observados no procedimento de implante: Glaucoma secundário, uveíte crônica e uveíte hipertensiva, descompensação endotelial e falência corneana (necessitando transplante), atrofia de íris, disfotopsias severas e perda visual permanente.
A despigmentação a laser também pode originar danos: indução de inflamação intraocular, formação de radicais livres e dano fototóxico às estruturas intraoculares e heterocromia irregular. Além de resultados estéticos imprevisíveis.
Segundo o médico, o pós-operatório é relativamente limitado. Porém necessita de alguns pontos de atenção: “Uso de corticoides tópicos e antibióticos por 2 a 4 semanas e monitoramento rigoroso da PIO, integridade endotelial e presença de inflamação”, disse o oftalmologista.
Em caso de compunção do procedimento, o implante de íris pode ser considerado teoricamente reversível com explante cirúrgico, mas as complicações podem ser irreversíveis. Já a despigmentação a laser, por sua vez, é completamente irreversível. Pois há ruína dos melanócitos e a melanina não é regenerada.
Por termo, o médico avaliou se vale o risco ao passar pelo procedimento para mudar a cor dos olhos: “Apesar da promessa estética, o procedimento ainda é experimental, invasivo e perigoso. No Brasil, não é regulamentado nem ratificado pela Anvisa, justamente pela subida taxa de complicações. A recomendação dos oftalmologistas é clara: melhor usar lentes coloridas, que são seguras, reversíveis e muito mais acessíveis”, concluiu.
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