“Esse bicho é feio ou estiloso?”: Labubu, o brinquedo que dividiu a internet e virou item de desejo
Febre entre celebridades e adultos colecionadores, o personagem da Pop Mart conquista fãs e provoca reações opostas nas redes
Na internet, o brinquedinho estranho com rostro de travesso virou febre — e também dividiu opiniões. Uns acham fofo, outros acham bizarro. Mas o trajo é que o Labubu, personagem da série The Monsters da gigante asiática Pop Mart, já conquistou celebridades uma vez que Lisa (BLACKPINK), Dua Lipa e, agora, apareceu no feed de Virgínia Fonseca, durante sua viagem ao Japão. Bastou isso para reacender o buzz em torno do boneco.
Com orelhas pontudas, olhar esbugalhado e um sorriso de dentes afiados, o Labubu representa a estética do “feio-fofo” (ou ugly-cute) — e faz sucesso justamente por isso. Criado pelo artista Kasing Lung, o personagem nasceu uma vez que secção de um universo sombrio e lúdrico, que mistura inocência com traços monstruosos. A Pop Mart, marca chinesa especializada em brinquedos de coleção, transformou a geração em resultado global a partir de 2019. Hoje, é um fenômeno mundial.
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Blind box, libido e escassez
Os bonecos são vendidos em formato blind box — ou seja, caixas fechadas, em que o comprador só descobre qual personagem recebeu posteriormente perfurar. A teoria é simples e eficiente: incentivar a repetição da compra, gerar trocas e estimular o mercado secundário. Resultado? Quem tira um boneco vasqueiro pode revendê-lo por valores altíssimos.
Quanto custa?
- Modelos comuns: a partir de R$ 140
- Edições especiais: entre R$ 300 e R$ 1.500
- Raros e limitados: podem ultrapassar os R$ 5.000
- Alguns personagens são vendidos exclusivamente em eventos, loterias ou parcerias com marcas de luxo.
No Brasil, ainda não há lojas oficiais da Pop Mart, portanto a compra costuma ser feita por revendedores ou em plataformas uma vez que Shopee, AliExpress, eBay e StockX — o que também encarece o resultado.
Por que virou febre?
O Labubu pegou carona em tendências culturais muito fortes hoje:
- Estética maximalista e colecionável: o “ugly-cute” conversa diretamente com o palato por personagens excêntricos.
- Adultos que colecionam brinquedos: os chamados kidults representam uma fatia crescente do mercado. Em tempos de burnout, sofreguidão e excesso de telas, itens lúdicos viram manadeira de conforto e identidade.
- Influência da Ásia na tendência global: o Japão, a Coreia do Sul e a China estão ditando tendências de formosura, estilo e comportamento — dos jellycats aos fidget toys, passando agora pelos bonecos de design uma vez que o Labubu.
Labubu no Brasil?
Agora, com a aparição no feed da Virgínia e a tag #Labubu bombando nos reels, é questão de tempo até o brinquedinho chegar com tudo no Brasil — mesmo que por enquanto ainda divida opiniões entre o “que coisa mais feia” e o “quero muito um”.
Quem governanta diz que é fashion, fofo, cult — quem torce o nariz, juramento que nunca gastaria tanto num boneco com rostro de gremlin. Mas a verdade é que, uma vez que todo bom item de tendência e cultura pop, o Labubu já venceu: virou tópico, virou meme e, evidente, virou libido.
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