“Falar sobre isso me libertou demais”, afirma Claudia Raia sobre menopausa

Claudia Raia protagoniza o espetáculo “Cenas da Menopausa”, que estreia em São Paulo, no próximo mês. A artista, que começou a sentir os sintomas da tempo originário em mulheres maduras aos 50 anos, vem falando cada vez mais sobre o tópico. Em entrevista à Quem, Claudia afirmou que se sentiu mais livre ao debater sobre a menopausa.

A atriz, que foi mãe há dois anos, lida com os sintomas da menopausa e faz reposição hormonal há oito: “Falar sobre isso me libertou demais. Mas não só me libertou falando na internet com as mulheres, mas neste espetáculo, por ter a opção de ouvir as mulheres todas as noites, com histórias completamente diferentes… isso faz intercorrer uma magia dentro de mim de autoconhecimento”, declarou.

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Claudia ressaltou que a menopausa ainda é um lugar solitário para muitas mulheres e por isso a troca do tema no espetáculo tem sido fundamental: “É um lugar tão obscuro, tão escondido, tão tabu, que as mulheres ficam muito solitárias neste processo e estou aprendendo muito com esse espetáculo”.

A artista ainda pontuou que essa é uma oportunidade de praticar a união entre mulheres: “É fundamentalmente treinar a sororidade porque nunca soubemos fazer isso na verdade. O patriarcado não nos deixou fazer isso. Logo, agora estou exercendo isso”, celebrou.

As primeiras sessões do espetáculo lotaram plateias na Europa, mais especificamente em Portugal. Claudia revelou que se surpreendeu com o interesse dos homens, que acompanham suas esposas nas sessões: “Achei que seria uma coisa só entre mulheres, mas o que tem de varão na plateia… É um grande encontro de mulheres, mas estão vindo os homens, porque eles também querem saber o que está acontecendo. Eles não sabem zero, não tem informação, ninguém fala sobre isso. Os jovens estão vindo para saber o que vai intercorrer com elas, o que acontece com as mães deles. É muito sério esse tópico”, destacou.

“Eles não têm informação. Não sabem. Falam: ‘Ah, minha mãe está muito louca hoje!’ E não estende a mão ou oferece ajuda. E acham que ela está doida, com Alzheimer ou (outra) demência, mas é menopausa. Temos que falar sobre isso com outras mulheres para que uma possa ajudar a outra”, finalizou.