“Foi ironia”, diz Eduardo Bolsonaro após fala do pai sobre Moraes gerar críticas
A enunciação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu testemunho ao Supremo Tribunal Federalista (STF) na terça-feira (10/6) gerou desconforto até entre aliados próximos. Em tom de folgança, Bolsonaro disse que gostaria de “convocar” o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado, para ser seu vice na eleição de 2026.
A fala aconteceu diante do próprio ministro, e provocou risos na sala de audiência. Do lado de fora, no entanto, a reação foi outra. Nas redes sociais, apoiadores do ex-presidente demonstraram insatisfação com o que consideraram “falta de seriedade” num momento quebradiço.
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Jair Bolsonaro e Eduardo BolsonaroReprodução
Durante testemunho no STF, Bolsonaro diz que 8 de janeiro não configura golpeReprodução: TV Justiça
Bolsonaro durante o interrogatório ao STFReprodução: TV Justiça
Eduardo Bolsonaro critica ação da PGRReprodução/Dependência Brasil
Bolsonaro é interrogado no STFReprodução/TV Justiça
Para sustar a repercussão negativa, o deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou suas redes para explicar que a frase do pai foi uma ironia. “Qualquer pessoa com dois neurônios entendeu que a última pessoa no planeta que seria escolhida para vice dele seria o Moraes”, escreveu o parlamentar no X . Segundo ele, a fala exclusivamente reforça que Bolsonaro pretende disputar novamente a Presidência em 2026.
Eduardo também afirmou que, para que uma piada seja compreendida, o público precisa saber o contexto e o sem razão da situação. “Daí vem a perdão”, completou.
Apesar da tentativa de explicar a folgança, o gesto não agradou a todos. O ex-ministro da Instrução Abraham Weintraub foi um dos que criticaram publicamente o incidente. Ele escreveu que se sentiu equivocado por já ter bem Bolsonaro e chegou a invocar o bolsonarismo de “covarde e mentiroso”.
Outro a reprovar o tom usado no testemunho foi o comentarista Paulo Figueiredo, atualmente vivendo nos Estados Unidos e denunciado pela Procuradoria-Universal da República (PGR). Em uma transmissão ao vivo, Figueiredo comparou a atitude de Bolsonaro a um “pedido de desculpas” que, segundo ele, não cabia naquele momento. Ele também classificou a atuação do ex-presidente uma vez que “fraca” e “despreparada”.
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