Gilson Machado nega plano de fuga para Mauro Cid: “Só pedi um passaporte para meu pai”
Ex-ministro de Bolsonaro foi recluso no Recife, suspeito de tentar facilitar saída do país de ex-ajudante de ordens
Recluso nesta sexta-feira (13/6), no Recife, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado se defendeu das acusações que o colocam no núcleo de uma suposta tentativa de ajudar Mauro Cid a deixar o Brasil com passaporte português. “Não matei, não trafiquei drogas. Unicamente pedi um passaporte para meu pai”, declarou ao ser orientado para o fiscalização de corpo de delito no Instituto de Medicina Lítico (IML).
A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cumprida pela Polícia Federalista. Machado foi impedido em morada, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Segundo a resguardo, ele ainda não teve chegada ao teor do processo nem foi informado oficialmente sobre o motivo da prisão.
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Durante o testemunho prestado na sede da PF, o ex-ministro negou envolvimento com qualquer movimentação voltada a proporcionar a saída de Mauro Cid do país. De contrato com ele, o contato com o Consulado de Portugal teve porquê único objetivo a renovação do passaporte de seu pai, de 85 anos. “Nem estive em consulado, nem em embaixada, nem no Brasil nem fora”, afirmou.
Machado teve o celular, o coche e outros objetos pessoais apreendidos. Posteriormente o fiscalização no IML, foi guiado ao Meio de Triagem e Reparo Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), onde permanece à disposição da Justiça.
O que motivou a investigação
A lhaneza do questionário foi solicitada pela Procuradoria-Universal da República (PGR), com base em indícios localizados pela PF no celular de Mauro Cid. Entre os arquivos estão documentos que indicam a tentativa de obter cidadania portuguesa, datada de janeiro de 2023, pouco depois o término do governo Bolsonaro.
A suspeita é de que Machado teria atuado para viabilizar um passaporte europeu em nome de Cid, que atualmente responde a diferentes investigações sobre os bastidores do governo anterior.
Em nota divulgada antes da prisão, Gilson Machado negou qualquer intenção ilícito e afirmou que seu contato com o consulado visava exclusivamente tratar da renovação do documento do pai. O Partido Liberal (PL), ao qual ele é filiado, declarou que acompanha o caso e aguarda esclarecimentos das autoridades.
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