Glória Perez após saída da Globo: “Preciso de um tempo para mim”
Uma das presenças no lançamento da exposição sobre Cazuza, autora falou sobre a assombro pelo cantor e novos planos em seguida o termo do contrato com a Orbe
Em seguida décadas dedicadas à teledramaturgia da Orbe, Glória Perez encerrou recentemente seu contrato com a emissora. Em entrevista à repórter do portal LeoDias, Monique Arruda, a autora de sucessos porquê “O Clone” e “Caminho das Índias” falou com serenidade sobre a novidade tempo da vida, fez críticas à vaga de remakes na televisão e revelou sua assombro pelo cantor Cazuza durante o lançamento da exposição Cazuza Exagerado, realizado nesta quinta-feira (12/6).
Ao comentar sobre o artista, Glória foi direta e destacou o valor histórico da obra de Cazuza. “É um poeta que fez um registro da geração dele. Cantou as emoções de uma geração, daquilo que foi vivido. Isso para mim é maravilhoso, é revisitar uma era e uma geração que não é a minha através de uma verso maravilhosa porquê a dele”, declarou.
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Sobre o termo de seu vínculo com a Orbe, Glória destacou que está em sossego com a decisão e pronta para cuidar de si mesma. “Tô muito muito, precisava de um tempo para mim. Vou fazer minha cirurgia da catarata que estou adiando há muito tempo, e estou feliz!”, contou. Apesar de revelar que foi a saúde o motivo de se distanciar da emissora, Glória revelou outro porque de ter saído da Orbe: sua nova novela que foi vetada.
Uma vez que divulgado pela colunista deste portal, Carla Bittencourt, a Globo não aceitou o folhetim da autora antes mesmo de a produção sair do papel. O projeto se chamaria “Rosa dos Ventos” e trataria de um tema considerado muito sensível para a emissora: o monstruosidade forçado. A temática, inclusive, divide opiniões e é uma das mais polêmicas no campo político.
Mesmo fora do ar, Glória reafirmou sua gratidão à emissora onde construiu sua trajetória: “Tá tudo muito com a Orbe, sou muito grata. Vivi grandes momentos, construí minha curso ali. Não tenho problema nenhum com a Orbe”.
Sobre projetos futuros, a escritora preferiu fazer mistério: “Sempre tem projetos novos, mas por enquanto só penso na cirurgia da catarata para enxergar melhor tudo. Não posso antecipar zero, só a cirurgia”, confessou ela.
Questionada sobre o crescente número de remakes exibidos pela televisão brasileira, a autora voltou a provar incômodo com a prática. “Já cansei de falar que não sabor de remake, tenho traumatismo. Acho que não vou repetir essa história porque já falei muitas vezes”, disse, com franqueza. Para ela, o problema não é a exiguidade de originalidade, mas a falta de oportunidade. “Existem talentos, eles não deixaram de subsistir e nem de nascer. Falta talvez uma oportunidade e um incentivo para que eles floresçam”.
Aos 75 anos, Glória Perez agora dará uma pausa na curso. Ela começou sua trajetória na Orbe em 1979, em seguida redigir para a série “Malu Mulher”. Aluna de Janete Clair, se tornou uma das maiores dramaturgas da emissora, estreando em novelas com “Bojo de Aluguel”, de 1990 e alcançando reconhecimento internacional com “Caminho das Índias”, de 2009, que levou o Emmy Internacional.
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