Governo libera R$ 336 milhões em emendas após pressão de deputados e senadores
Em seguida reunião com líderes do Congresso, Planalto libera secção das verbas prometidas, mas clima ainda é de tensão entre os Poderes
O Governo Federal liberou R$ 336 milhões em emendas parlamentares, verbas que deputados e senadores indicam para investir em obras e projetos em suas regiões. Esse pagamento foi feito logo posteriormente uma reunião entre os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Rancho) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União).
Mesmo com essa liberação, o valor representa exclusivamente uma pequena secção do totalidade de R$ 6,3 bilhões já autorizados neste ano. Até agora, o governo pagou só 12,6% do montante das emendas.
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Esse detido tem causado incômodo entre os parlamentares, inclusive entre os partidos da base aliada, que esperam essas verbas para levar melhorias às suas regiões. A morosidade também atrapalha a relação do governo com o Congresso e afeta diretamente a votação de propostas importantes para o presidente Lula.
Uma das consequências desse desgaste foi a repudiação de um aumento no IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras, que incide, por exemplo, sobre empréstimos, câmbio e investimentos. A base do governo se juntou à oposição e conseguiu barrar o reajuste.
Mesmo posteriormente o recuo do Ministério da Rancho, que decidiu suavizar o aumento do imposto, o presidente da Câmara manteve a votação para esta segunda-feira (16/6). O governo também tenta revalidar uma medida provisória que garantiria uma novidade forma de receber, mas enfrenta resistência.
Enquanto isso, lideranças de diversos partidos têm buscado diálogo com o Planalto para prometer que as emendas sejam pagas. Até mesmo parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, passaram a procurar representantes do PT para tentar liberar recursos.
As emendas parlamentares são, em grande secção, obrigatórias por lei. O governo não pode deixar de remunerar, mas tem liberdade para escolher quando fará isso e esse tempo virou uma moeda de troca nas negociações políticas.
Para 2025, está previsto um valor ainda maior, R$ 50,38 bilhões em emendas. A expectativa agora é saber se o governo conseguirá melhorar o relacionamento com o Congresso e evitar novos embates nas votações que ainda estão por vir.
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