Guerra Israel e Irã: especialista diz como conflito eleva preço do petróleo no Brasil
O conflito no Oriente Médio acendeu um alerta global e vem espalhando vaga de preocupação em diversos países
As consequências da guerra entre Israel e Irã vão da grave competência militar: os preços internacionais do petróleo e do gás serão afetados pelo conflito. E o Brasil não vai permanecer imune dessa mudança econômica. Para entender o motivo da disputa no Oriente Médio erguer levar os preços em solo brasiliano, o portal LeoDias procurou o perito Uriã Fancelli.
O Crítico de Relações Internacionais explicou que a Petrobras usa o preço internacional porquê uma das referências para estabelecer o valor no país: “Mesmo o Brasil produzindo petróleo, o preço da gasolina cá dentro continua influenciado pelo que acontece lá fora, porque o mercado de petróleo funciona de forma global. Quase um quinto de todo o petróleo consumido no mundo passa todos os dias pelo Estreito de Ormuz, muito na região onde o conflito entre Israel e Irã acontece. Quando há risco de guerra ali, o pavor de faltar petróleo faz o preço subir no mundo inteiro. E embora a Petrobras hoje não siga mais uma paridade automática porquê fazia no pretérito, ela ainda usa o preço internacional porquê uma das referências. Se o preço lá fora sobe muito, a tendência é de alguma forma esse aumento chegar cá, seja no preço dos combustíveis, seja em outros custos da prisão econômica”, esclareceu.
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Governo norte-americano negou participação na ação.Canva
Guerra IsraelReprodução: Freepik
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Explosão em plataforma de petróleo no Rio de JaneiroReprodução / G1
A elevação dos preços pode atingir, inclusive, outros setores em solo brasiliano: “O Brasil sente esses aumentos porque, mesmo com produção própria, importa segmento de seus combustíveis e derivados. Ou por outra, empresas privadas que operam no setor seguem o preço internacional de maneira muito direta. A Petrobras, desde 2023, tem mais margem para gerir as variações, mas não consegue evadir totalmente quando o preço do petróleo dispara por muito tempo. Se o Brent [petróleo bruto] sobe de forma sustentada, ou se o dólar também avança, o dispêndio interno vai subindo, gerando pressão para aumento de preços na petardo. E isso impacta outros setores: transporte, mantimentos, robustez e até a inflação universal do país”, declarou o perito.
Porém, ainda não dá para expor se as altas dos preços vão atingir níveis recordes: “O risco existe dependendo de porquê a guerra evoluir. Se o conflito se aumentar e atingir pontos sensíveis porquê o Estreito de Ormuz ou os principais terminais de exportação do Irã, o impacto pode ser muito mais poderoso. Alguns analistas falam em petróleo a 90 dólares rapidamente em caso de ataque direto a infraestrutura sátira. Por enquanto, o que temos é uma subida expressiva, mas ainda distante dos picos de 2022, quando o barril chegou perto de 130 dólares. Tudo vai depender da graduação do conflito”, avaliou Uriã, que também é comentarista da CNN Portugal.
As consequências econômicas e geopolíticas da guerra entre Israel e Irã podem ser inúmeras, mas tudo depende de porquê o conflito vai se desenrolar: “Se permanecer restringido e resistir pouco, o impacto pode ser mais controlado. Se houver envolvimento de outras potências, bloqueio de rotas de petróleo ou ataques diretos a infraestruturas estratégicas, o efeito pode ser global e de longa duração. Isso pode afetar desde o preço do combustível até a inflação mundial, as taxas de juros e o propagação de várias economias”, concluiu o profissional em populismo.
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