“Já fui muito mala”: Fantine encara o passado e se reinventa com a turnê “Solar”
Em seguida anos de silêncio artístico, a cantora lançou show imersivo e interativo com música, reflexão e até yoga
Fantine Thó deu início a uma novidade jornada artística com a estreia da turnê “Solar”. Lembrada por muitos uma vez que uma das integrantes do grupo Rouge, a artista apresenta um trabalho híbrido, que mistura canções autorais, práticas de tratamento, reflexão e yoga, convidando o público para uma experiência de reconexão com a natureza, com o corpo e com a psique. Em entrevista exclusiva ao portal LeoDias, Fantine contou a origem do trabalho: “Tudo começou quando fiz uma escrutinação regressiva em saudações ao sol para o primeiro show de comemoração dos 15 anos do Rouge. Todos os dias fazia uma postagem até o dia do show de estreia no Chá da Alice”.
Além do esquina e da música, Fantine conhece a prática do Yoga desde aquela era. Porém, preferiu se aprofundar para ensinar a reflexão com origens na Índia. Em 2019, em seguida estudos no país indiano e germânico, ela deu sua primeira lição. “A entrega nesta turnê foi totalmente dedicada à ‘Galera do Sol’ e aos apoiadores do financiamento coletivo ‘Solar’, que me ajudaram a conceber meu primeiro álbum experimental e místico. Nós praticamos Yoga juntos, online, durante a pandemia. No final, eu não precisava mais provar: chamava o nome das poses em sânscrito e eles já sabiam o que fazer”, detalhou a cantora.
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O projeto marca o lançamento de seu álbum “Pele e Espírito”, que chega em formato de livro interativo e é conectado a um aplicativo com teor sonoro e meditativo. Para Fantine, a turnê é o fecho de um ciclo e o promanação de outro; por isso, o nome da turnê, uma construção poética sobre o movimento do Sol e das mudanças na vida.
Rouge e a valia do grupo em sua novidade período músico
A trajetória que a levou até esse momento tem raízes profundas em sua vivência uma vez que integrante do grupo Rouge, fenômeno pop dos anos 2000. Apesar do sucesso estrondoso, ela relembra os efeitos colaterais da rotina intensa e da desconexão com o próprio corpo. A cantora relembrou a período: “Era um privilégio estar em subida demanda com o grupo, só com 23 anos de idade, sem zero a perder. Essa é a hora de aventurar e apostar mesmo. Agradeço à saúde que tive para encarar tamanha oportunidade. Perdi a conta de quantas vezes dançamos ‘Aserejé’. No primícias é lícito e excitante; depois de um tempo, não tem uma vez que não desabar no piloto automático”.
Grupos musicais costumam ter muitos fãs; e com Rouge não foi dissemelhante. Aliás, as comparações também não escaparam. Para grande segmento dos fãs do grupo, Fantine é considerada a melhor performer e cantora. Perguntada sobre essa pressão e, agora, a liberdade de trovar sozinha, a cantora riu e questionou: O que é ‘a melhor voz’? Eu sei que aprendi muito com as meninas, e às vezes nem sei uma vez que me escolheram cantando do jeito que eu cantava. Mas sei que olharam para meu caráter uma vez que um todo. Com todas as minhas falhas e limitações evidentes, ainda tive meu lugar no Rouge, e isso é uma bênção”, disse ela.
Apesar das alegrias, o Rouge também foi marcado por muitas “tretas”, desde a saída de Luciana por conta dos baixos cachês; até as alfinetadas sobre a rotina do grupo com Fantine e Luciana no núcleo das polêmicas. Hoje, a cantora admite que já foi uma pessoa difícil: “Realmente já fui muito ‘mala’ em muitas ocasiões, já ‘viajei na maionese’, fora de contexto, em procura de significado e valor quando mais me sentia vazia ou desconectada. Hoje me exercito para ser mais prática, não tão mala, mas precisei abraçar a totalidade disso tudo através da arte. Hoje me movimento rumo à maturidade”, disse ela.
Agora num encontro com o público sem tantas coreografias pop e mais com práticas de conexão, a cantora afirma que o desenvolvimento veio junto com o público do Rouge. “Começamos com um público infantil, temos a oportunidade de interagir com jovens adultos hoje, com muito mais acessibilidade. É um conforto perceber que existe a procura pela espiritualidade. O Rouge propiciou muita conexão, e em alguns casos até histórias indiretas de tratamento. Eu acredito que tudo é místico. O que muda é a período de vida e a sentença patível para cada momento”.
Curso focada no bem-estar
Distante do glamour da indústria músico tradicional, Fantine prefere fabricar em um formato mais íntimo e colaborativo. “A notabilidade vem com privilégios e preços altos a remunerar. Muita gente quer atingir a notabilidade, e, quando atinge, fica miserável. Manter o status de notoriedade deixou de valer a pena há muito tempo. Para mim, tem sido mais gratificante fazer música pela arte. Fazer música para servir a um transacção foi doloroso”, disse.
Ainda assim, ela não renega o pretérito nos palcos; pelo contrário, o honra com carinho e reconhecimento. “Torço para que façamos um lindo documentário juntas. Nossa história é linda, merece ser contada, honrada e celebrada”, afirmou, revelando ainda que recentemente foi a uma cafeteria com a colega Aline Wirley para colocar o papo em dia.
Enquanto muitos fãs da era pop agora se aproximam dela por outros caminhos, buscando espiritualidade, autoconhecimento e bem-estar, Fantine acolhe esse reencontro com exalo. “Antes de ser ídolo ou fã, somos humanos, e isso é um grande conforto”. Em “Solar”, Fantine convida o público a transpor essa jornada com ela, onde cada acorde pode ser uma prece; cada passo, um ritual; e cada show, uma oferenda à vida.
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