Justiça nega indenização a Datena por acusação de Marçal em debate
Em sua decisão, o juiz Alexandre Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo, ressaltou que jornalista não levou o “vestuário” ao tribunal
A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de indenização feito por Datena depois o influenciador Marçal proferir ofensas contra o jornalista, durante debate político na TV Brasil, em setembro de 2022. Ambos eram candidatos à Prefeitura de São Paulo, que teve porquê vencedor Ricardo Nunes (MDB). Ainda cabe recursos da decisão.
O motivo do processo movido por Datena foi a enunciação de Marçal, que o chamou de jack, gíria muito utilizada em presídios para se escolher a estupradores. A querela levou ao incidente de cadeirada de Datena a Marçal. Na quadra, o influenciador alegou que o jornalista respondia por assédio, questionando se o apresentador teria reclinado na suposta vítima.
“Tem alguém cá que é jack, e está cá tirando vaga, apoiando repreensão, mas é alguém que responde por assédio sexual, e essa pessoa é o ‘Dá Pena’, [em referência a José Luiz Datena]. Eu queria que você pedisse perdão para as mulheres sobre o processo que corre”, disse Marçal, que, em seguida, levou uma cadeirada do jornalista devido às acusações.
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Datena pedia 100 milénio reais em indenização pela asserção do influenciador, e argumentava que as declarações do candidato do PRTB foram um ataque pessoal. Em sua decisão, o juiz Alexandre Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo, ressaltou que jornalista não levou o “vestuário” ao tribunal.
“Embora referto de ironia, o período não afirma que o responsável é estuprador, sobretudo porque a questão direta é de assédio e o público em universal não sabe a diferença de assédio, estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, ato obsceno etc. No siso geral, tudo é estupro”, argumentou o magistrado.
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