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Marina Silva deixa audiência no Senado após discussão com senadores

Marina Silva deixa audiência no Senado após discussão com senadores


Ministra do Meio Envolvente deixa sessão posteriormente troca de acusações e relembra fala polêmica de senador sobre “enforcamento”

A ministra do Meio Envolvente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), se retirou de uma audiência pública na Percentagem de Infraestrutura do Senado nesta terça-feira (27/5), posteriormente uma série de desentendimentos com parlamentares durante debate sobre a geração de uma unidade de conservação marinha na Margem Equatorial, superfície considerada estratégica para a exploração de petróleo.

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Marina Silva/Reprodução

Marina Silva/ReproduçãoMarina Silva/Reprodução

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Reprodução/© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Marina SilvaReprodução/© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Filial Brasil

Reprodução/Agência Brasil

Percentagem da Câmara vai ouvir a ministra Marina Silva sobre ato indígena em BrasíliaReprodução/Filial Brasil


A sessão foi marcada por momentos de tensão entre a ministra e os senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO), presidente da percentagem.

Logo no início da audiência, o clima já era de confronto. Ao responder uma fala do senador Omar Aziz (PSD-AM), Marina teve o microfone desunido por Marcos Rogério. O presidente da percentagem criticou a postura da ministra e a acusou de desrespeito. A ministra reagiu:
— “O senhor gostaria que eu fosse uma mulher submissa. Eu não sou.”

A discussão continuou quando Plínio Valério iniciou sua fala. Dirigindo-se à ministra, o senador afirmou:
— “Ministra, que bom reencontrá-la. E ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra. Eu não estou falando com a mulher. Eu tô falando com a ministra.”

Marina respondeu ainda com o microfone desligado:
— “Eu sou as duas coisas. O senhor está falando com as duas coisas.”

Em seguida, Valério completou:
— “Porque a mulher merece reverência, a ministra, não.”

A enunciação gerou reações imediatas de outros parlamentares presentes, que intervieram pedindo reverência à convidada. Foi nesse momento que Marina relembrou uma enunciação do próprio Valério feita em março, quando o senador afirmou ter vontade de “enforcá-la”. A fala havia sido repudiada à quadra pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

— “O senhor que disse que queria me enforcar”, relembrou a ministra.

Diante da recusa do senador em pedir desculpas, Marina anunciou que deixaria a sessão.

— “Vocês me convidaram uma vez que ministra. Têm que me respeitar. Eu me retiro porque não fui convidada por ser mulher”, afirmou.

Ao se levantar para transpor, foi novamente provocada por Valério:
— “Tá com pânico de mim, ministra?”

A ministra deixou o plenário sem responder.

A audiência, que deveria tratar da proteção ambiental em uma das regiões mais sensíveis da costa brasileira, terminou sem a peroração do debate técnico previsto. O incidente amplia a tensão entre o Executivo e parlamentares da oposição, principalmente em pautas ligadas ao meio envolvente e à exploração de combustíveis fósseis.

 



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