Matheus, da dupla com Kauan, expõe cantor por uso indevido de composições: “desrespeito”
O artista explicou que decidiu se pronunciar em resguardo dos compositores que dependem da música para viver
O cantor Matheus, da dupla sertaneja Matheus & Kauan, usou as redes sociais na noite de quarta-feira (4/6) para fazer um desabafo contundente sobre o uso indevido de suas composições por outros artistas. Em uma série de vídeos publicados nos stories de seu Instagram pessoal, ele criticou artistas que estariam gravando músicas de sua autoria sem autorização.
“Eu estou vendo cá um monte de gente gravando essa música que eu postei agora, ‘Nossa Praia’, mas engraçado que eu sou o compositor da música e ninguém nunca falou comigo para gravar a música para soltar no Instagram, para soltar não sei onde, que loucura né? Que tempos a gente vive, que loucura, não somos donos de mais zero, nem do que é nosso”, iniciou o cantor.
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Matheus, dupla de KauanFoto: Reprodução
Matheus, dupla de KauanFoto: Reprodução
O artista explicou que decidiu se pronunciar em resguardo dos compositores que dependem da música para viver. “É um tópico muito liso e quebrável, pensei em nem fazer esse vídeo cá, mas achei necessário para fazer Justiça em nome de todos os compositores que vivem disso diariamente. Uma música minha, formação minha, que eu gravei junto com o Kauan foi recentemente gravada e está sendo amplamente usada nas redes sociais, em vídeos virais, de várias plataformas digitais e está sendo feita dessa forma sem pedir nem uma autorização, sem conversar comigo, sem falar com a minha equipe”.
Em tom de indignação, Matheus destacou a influência da formação porquê segmento importante da geração músico: “A formação é a espírito da música, não é só uma melodia ali jogada ao vento, acho que tem a ver com o sentimento, com o trabalho, com história, e eu fico muito triste em ver um colega de profissão usar de um tanto tão íntimo, criado com tanto desvelo, porquê se fosse dele. Sem sequer procurar a gente para ver se tem a possibilidade de gravar. Não é só uma questão de Justiça, é um pouco de moral também”.
O sertanejo também fez um apelo para que a situação sirva de exemplo e seja evitada no horizonte. “Logo espero que isso fique de alerta para que esse tipo de atitude não se repita no nosso meio, principalmente, porque estou falando de pessoas muito talentosas, que não precisam necessariamente disso. A música precisa de mais reverência, os compositores também, porque é um trabalho muito suado. Logo coloca a mãozinha na consciência, porque vocês não precisam disso, vocês têm muito talento. Enfim, desabafei”.
Ele também rebateu críticas de quem poderia minimizar a situação com o argumento de que a música já fez sucesso: “E antes que venham falando: ‘Ah, mas ele já gravou a música e foi um sucesso, o que custa deixar os outros gravarem?’. Gente, eu não estou falando sobre essa música em si, usei essa música porquê exemplo para essa situação, mas o que me pega não é a pessoa gravar ou deixar de gravar, até porque se ela me pedisse talvez eu até liberaria a música de boa, mas não é sobre isso, estou falando sobre atitudes que não são legais, que é a pessoa se apropriar de um tanto que não é deles, entendeu? Isso para mim tem um outro nome, mas enfim, entendam porquê vocês quiserem”.
Matheus afirmou ainda que sua sátira não é dirigida à qualidade artística dos envolvidos, mas sim à postura moral. “E para deixar simples, eu paladar de todos eles porquê artistas, sempre que encontro nos eventos que a gente participa juntos, mas eu estaria indo contra tudo que eu acredito na música se eu não me posicionasse dessa forma, até porque tem aumentado muito. Todos os dias as pessoas me mandam, acho que é porque as músicas do Matheus & Kauan têm viralizado de novo, aquelas que gravamos lá detrás, elas têm feito muito sucesso nas plataformas de novo, pessoas redescobrindo as músicas, e aí esses artistas aproveitam para poder pegar o hype da música e gravar em cima. Sei lá o que eles querem, talvez tocarem na região ali deles, não sei o que eles pensam, o escritório deles deveriam se posicionar contra isso, mas não tem ocorrido. Tem outras músicas também, várias outras músicas, inclusive que esses mesmos artistas gravaram”.
Por termo, ele ressaltou que sua motivação não é pessoal, mas coletiva, em resguardo da valorização dos compositores. “Quando eu defendo uma justificação porquê essa, não é por mim. Graças a Deus, minha renda hoje vem principalmente da minha voz e de outros trabalhos fora da música. Mas eu penso nos compositores que vivem exclusivamente disso, gente talentosa, que coloca espírito em cada vocábulo, e muitas vezes é ignorada ou desvalorizada. Quando alguém se apropria de uma música sem autorização, não é só uma quebra de moral, é um desrespeito com quem faz da formação sua única natividade de sustento. E isso precisa mudar”, finalizou.
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