Menino do Vício: jovem viraliza ao contar como os livros o ajudam a vencer as drogas

Lucas Henrique, de 26 anos e morador de Jussara, no Paraná, conquistou um grande público no TikTok quando decidiu usar a plataforma para mostrar sua jornada em procura de vencer o vício. Espargido na rede social uma vez que “menino no vício”, Lucas encontrou na literatura uma saída saudável para despovoar o mundo das drogas e incentivar outras pessoas a encontrarem caminhos novos para seguir.

Em entrevista ao Portal LeoDias, Lucas conta que sempre lutou contra a depressão e imaginava que as drogas seriam uma escolha para preencher o vazio. “A gente sempre vê nos filmes as pessoas usando, se divertindo muito e rindo, por isso eu imaginava que aquilo me traria alegria […] Mas depois eu comecei a usar outras coisas mais pesadas”, relata.

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Furar em tela enxurro

“Menino do Vício”: Lucas Henrique viraliza ao narrar uma vez que os livros o ajudam a vencer as drogasReprodução/Menino do Vício

“Menino do Vício”: Lucas Henrique viraliza ao narrar uma vez que os livros o ajudam a vencer as drogasReprodução/Menino do Vício

“Menino do Vício”: Lucas Henrique viraliza ao narrar uma vez que os livros o ajudam a vencer as drogasReprodução/Menino do Vício

Raphael Montes, responsável de “Formosura Irremissível”, da Max / Reprodução: Instagram

Reprodução/YouTube

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Primeira tentativa

Aos 23 anos foi quando Lucas decidiu pela primeira vez que precisava agir para transpor do contexto em que vivia. De combinação com o jovem, foram 5 meses limpo, lutando contra a jejum e contando com o suporte dos familiares, mas infelizmente acabou tendo uma recaída: “Tudo piorou quando comecei a usar cocaína, mas agora eu falei: ‘dessa vez eu vou pegar firme’. Eu já tinha viralizado uma vez no TikTok, antes da recaída, por isso fiquei pensando muito em usar isso para transpor do vício novamente”, conta Lucas.

Persistência

Agora o leitor está há 3 meses sem recaídas, encontrando seu consolação em cada página e no carinho que recebe dos seus seguidores. Com mais de 210 milénio pessoas que o acompanham no TikTok e 8.500 no Instagram, o rapaz comenta a influência da relação que tem com o público. “Eu sempre falo isso nos vídeos e nas lives, eu sinto uma vez que se a gente fosse uma família, me sinto muito asilado. Muita gente também me manda mensagem e fala que meus vídeos incentivaram eles a pararem de usar drogas também, até mesmo a voltar ao hábito da leitura, isso é muito importante pra mim e me motiva a continuar”, disse. “As pessoas sempre me mandam os livros favoritos delas, logo cada presente que eu proveito é um pedacinho de alguém”, concluiu o tiktoker.

A influência do suporte

Além dos milhares de seguidores, Lucas encontra sua base na família, que esteve com ele nos períodos mais difíceis e agora acompanha o propagação na internet. “Quando você está no caminho falso, suas amizades são aquelas que também estão. Portanto, não espere o suporte dos amigos, o que a gente tem é nossa família. Eu tive o suporte dos meus pais, tem gente que não tem, mas vai sozinho mesmo, não desiste”, aconselha.

“Eu não sei nem quantos livros tenho agora. Da última vez que eu contei eram 120 livros, porque me mandam muitos, mas eu doei alguns para o pessoal da minha cidade, que vieram repetidos, e com outros eu fiz uma rifa para ajudar uma seguidora que estava lutando contra o cancro”, afirma.

Inspirações e sonhos

Lucas também aproveitou a oportunidade para narrar que seu gênero predilecto é terror e suspense e que seu responsável preposto é o repórter brasieliro Raphael Montes, responsável por grandes sucessos uma vez que “Bom dia, Verônica”, “Jantar Secreto” e “Dias Felizes”. “O meu sonho é lucrar um livro autografado dele, eu adoro o jeito que ele escreve e as histórias que ele conta”, diz entusiasmado.

O jovem ainda revelou que tem o sonho de colocar sua história no papel, para que as pessoas o conheçam além das telas e que sua jornada possa facilitar cada vez mais brasileiros a enxergarem uma luz no término do túnel. Lucas refletiu sobre sua válvula de escape e afirmou: “Quando a gente usa droga vive uma ‘viagem’, é a mesma coisa que acontece nos livros, mas de uma forma muito melhor e muito mais saudável. Cada livro é uma viagem novidade, uma história novidade, um lugar novo e com pessoas novas, é uma viagem para cada responsável que eu leio”.