Moraes dá 24h para Meta entregar dados de Instagram na trama golpista
STF quer acessar mensagens e cadastro de perfil usado para criticar delação de Mauro Cid; ele nega envolvimento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Meta envie, em até 24 horas, todos os dados de um perfil no Instagram que teria sido utilizado pelo tenente-coronel Mauro Cid. A conta, identificada uma vez que “@gabrielar702”, é citada nas investigações sobre a trama golpista e nas mensagens compartilhadas pelo usuário.
A decisão de Moraes veio depois que a revista Veja apontou que o perfil estaria sendo usado para fazer críticas ao próprio combinação de delação de Cid e ao STF. Durante seu interrogatório, Cid negou possuir essa conta e disse não saber se o perfil pertencia à sua mulher.
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Alexandre de Moraes durante julgamento nesta terça-feira (6/5)Reprodução: YouTube/TV Justiça
Supremo Tribunal Federalista (STF)Foto: Fellipe Sampaio/STF
Mauro Cid fala ao STFReprodução/TV Justiça
Alexandre de MoraesFoto: Evarista Sa/AFP
Mauro Cid fala ao STF para prestar esclarecimentos no questionário que investiga o projecto golpistaReprodução/Dependência Brasil
Com a novidade decisão, o STF quer acessar o nome, e-mail, telefone, histórico de mensagens e outras informações da conta. O período exigido cobre de 1º de maio de 2023 até 13 de junho de 2025.
A resguardo de Cid alega que o perfil não é verdadeiro, sendo provavelmente uma conta criada para forjar mensagens. Os advogados enfatizam que o estilo das postagens — invasivo e pleno de erros — não corresponde ao perfil do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Eles também apontam que seria “inverossímil” Cid usar uma conta nas redes para fazer críticas ao próprio pacto de colaboração, considerando o texto das mensagens compartilhadas. A resguardo ainda relaciona o estilo das postagens a um responsável extrínseco tentando se fazer passar pelo militar.
Se for provado que ele descumpriu o pacto de delação, Cid pode perder todos os benefícios obtidos junto ao STF e à Procuradoria-Universal da República. Por isso, a decisão de Moraes é relevante tanto para o horizonte da colaboração quanto para o justificação da origem das mensagens compartilhadas pelo perfil.
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