Mulher negra é acusada de roubo em loja de Copacabana e é obrigada a esvaziar bolsa
Uma mulher negra foi obrigada por um segurança a esvaziar a bolsa ao transpor de uma loja em Copacabana, Rio de Janeiro
Atenção: a material a seguir traz conteúdos sensíveis e pode ocasionar gatilhos sobre injúria racial, constrangimento, humilhação, vergonha, pânico ou exposição indevida. Caso você seja vítima deste tipo de violência ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie, disque 100.
Na tarde de terça-feira (7/1), Sandra Silva de Roble, uma mulher negra, afirmou ter sido acusada de roubo por um segurança da loja Moradia e Vídeo, localizada na Rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana, Rio de Janeiro, e foi obrigada a esvaziar a bolsa. O momento causou revolta e viralizou nas redes sociais.
De convénio com o relato da vítima, posteriormente realizar uma compra e remunerar com Pix, ela foi abordada pelo segurança, que a acusou de roubo e exigiu que abrisse sua bolsa. A situação, que foi gravada por outras pessoas presentes no sítio, mostra Sandra visivelmente saída e indignada com a arguição, com todos os seus pertences da bolsa espalhados no solo.
Veja as fotos
Mulher é acusada de roubo em loja do Rio e é obrigada a esvaziar a bolsaReprodução
Mulher é acusada de roubo em loja do Rio e é obrigada a esvaziar a bolsaReprodução
Mulher é acusada de roubo em loja do Rio e é obrigada a esvaziar a bolsaReprodução
Mulher é acusada de roubo em loja do Rio e é obrigada a esvaziar a bolsaReprodução
“Não preciso roubar zero de ninguém não, eu trabalho. Eu não preciso não. Quem me acusou foi esse cidadão aí, me acusando de roubo. Eu saindo e vira e fala: ‘Você botou, tira de dentro da bolsa’ o que que eu botei, moço?”, desabafou a vítima.
Sandra registrou um boletim de ocorrência na 12ª DP (Copacabana) por constrangimento proibido. A Polícia Social, por sua vez, informou que a ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investigará o caso sob a perspectiva do delito de racismo.
Sandra afirma que se sentiu vítima de discriminação racial. “Isso é uma coisa muito abusiva. Porque nós somos de cor, eles acham que nós negros somos ladrões”, desabafou Sandra, em vídeo gravado posteriormente registar a ocorrência.
Em nota, a Moradia e Vídeo repudiou o ocorrido e afirmou estar apurando o caso internamente. A empresa ressaltou seu compromisso com o saudação ao próximo e que adota treinamentos constantes para seus colaboradores e que atitudes porquê as relatadas não condizem com seus valores.
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