O que é “Ballerina Cappuccina”? Vídeos hipnóticos para crianças acendem alertas
Vídeos de personagens porquê “Bombardino Crocodilo” preocupam pais e geram alerta sobre desenvolvimento infantil
Vídeos de personagens porquê “Bombardino Crocodilo” e “Ballerina Cappuccina”, uma febre entre as crianças, têm despertado preocupação dos pais. Diante desse fenômeno, surgiram teorias, algumas até sombrias, sobre o motivo desse fascínio. Para entender melhor, o portal LeoDias ouviu uma técnico, que fez um alerta sobre porquê esse tipo de teor pode comprometer o desenvolvimento dos pequenos.
Enfim, será que devemos nos preocupar com esses vídeos e memes, que são gerados por lucidez sintético e compartilhados amplamente no TikTok e YouTube? Essa é mais uma das tendências conhecidas porquê “brainrot“, termo que em português pode ser traduzido porquê “putrefacção cerebral” ou “teor sem sentido e hipnótico”.
Veja as fotos
Esses conteúdos costumam surgir de forma orgânica e muitas vezes aleatória, sem um fundador único ou uma intenção específica por trás. Os vídeos viralizam por combinar elementos bizarros, repetição e uma potente capacidade de prender a atenção das crianças. Um dos alertas importantes é o uso excessivo da lucidez sintético, que facilita e acelera a produção desse tipo de material.
Mas, nas últimas semanas, começaram a surgir especulações de que os vídeos planejam inserir mensagens subliminares, onde a “bizarrice” é valorizada. Geralmente, os personagens são uma mistura de humanos ou animais com peças porquê aviões, frutas, xícaras ou outros detalhes parecidos. “É um escapismo paradoxal para usuários de mídia social”, disse o professor Freddy Tran Nager sobre essa tendência da geração de IA.
Conheça os personagens mais famosos desse universo:
- Cocosini
- Ananasini
- Ballerina Cappuccina
- Brr Brr Patapim (um som e bordão muito associado)
- Tung Tung Tung Sahur (outro som e bordão popular)
- Tralalero Tralala (mais um som viral)
- Bombardino Crocodilo
Reportagem denunciando uma das teorias viralizou nas redes sociais
A Record TV começou a repercutir no jornalismo da emissora algumas supostas teorias sobre o meme, que teria surgido na Itália. Eles ressaltam que os memes são engraçados, com músicas que não saem da cabeça, mas podem ultimar trazendo uma mensagem terrível por trás, porquê violência, xenofobia, racismo e até uma suposta referência aos bombardeios em Gaza.
🤔 📺 Record faz denúncia contra o meme do brainrot italiano em novidade material, alegando que ele envolve histórias com violência, xenofobia e racismo, além de uma suposta referência aos bombardeios em Gaza no meme do Bombardino Crocodilo.pic.twitter.com/V1WgyvsP66
— République (@republiqueBRA) June 2, 2025
Profissional alerta para riscos
É difícil entender o propósito desse tipo de vídeo, que parece aleatório, mas pode, sim, provocar impacto nas crianças. Além das teorias conspiratórias, o portal LeoDias conversou com a psicóloga Renata Yamasaki sobre os perigos do consumo excessivo de teor online. Para a técnico, a puerícia deve ser construída com base na atenção e em experiências significativas, e não no excesso de estímulos.
“Vídeos curtos, aleatórios e sem sentido podem até entreter por instantes, mas não constroem pensamento, nem caráter. Cabe à escola, às famílias e à sociedade gerar um envolvente onde a párvulo possa se desenvolver de forma integral: com foco, com presença e com humanidade. Essa é uma escolha urgente e coletiva”, a psicóloga alerta.
Yamasaki também reforça que, embora o termo “brain rot” não seja um diagnóstico, expressões porquê “demência do dedo” e “sobrecarga cognitiva” já são amplamente utilizadas na literatura científica para descrever sintomas semelhantes. Esses termos evidenciam que o uso excessivo de telas pode afetar áreas do cérebro responsáveis pela atenção, memória e controle inibitório.
Segundo a técnico, vídeos sem lógica narrativa, com transições abruptas e falta de linguagem estruturada, não contribuem para o desenvolvimento do raciocínio, da linguagem e da empatia. Pelo contrário, podem simbolizar riscos ao desenvolvimento: “Pode resultar em delonga na fala, desorganização no folgar simbólico, menor capacidade de abstração e menor tolerância ao tédio”, afirma.
Para combater os efeitos desses conteúdos, a psicóloga destaca que o cérebro infantil precisa de previsibilidade, conformidade e vínculos simbólicos. Uma vez que as crianças aprendem por modelagem, é forçoso que adultos estejam presentes e atentos. Práticas porquê desligar notificações, gerar momentos de conexão e estimular atividades porquê leitura em conjunto, escuta ativa e até o tédio criativo são fundamentais.
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