Odete Roitman terá um ponto fraco em “Vale Tudo”: queda por homens mais jovens

Odete Roitman (Débora Bloch), a grande vilã de “Vale Tudo”, será mesmo uma figura fascinante e contraditória. Apesar de ser uma mulher poderosa, rica e aparentemente inatingível, guarda um ponto fraco que é ao mesmo tempo sua perdição e sua manancial de prazer: sua atração irresistível por homens mais jovens. Essa inclinação definirá toda a sua vida afetiva, marcada por relações intensas, breves e repletas de nuances de poder e vulnerabilidade.

Esses relacionamentos, sempre com parceiros pelo menos vinte anos mais jovens, são um revérbero tanto de sua falsa magnanimidade quanto de seu libido de controle. Odete levará esses homens ao volta do mundo, os sustentará com luxo e conforto, mas não sem cobrar sua própria parcela de domínio.

Ela é quem ditará o ritmo do par, não hesitando em usar sua riqueza para reafirmar seu poder. Entretanto, essa dinâmica não será unilateral: seus parceiros também encontrarão formas de praticar influência, às vezes com gestos de rebeldia que podem até se tornar violentos, deixando a matriarca da família Roitman com marcas físicas.

Curiosamente, é esse jogo de poder e submissão mútua que mais seduzirá Odete. Ser desafiada – e ocasionalmente diminuída – pelos homens que sustenta será uma segmento precípuo da complexa dança emocional que definirá sua procura pelo paixão. No fundo, a vida afetiva de Odete será uma mistura única de força e fragilidade, um revérbero perfeito de sua personalidade tão imponente quanto enigmática.