Opinião: Após a exuberante Lola, Camila Pitanga se reinventa em “Dona de Mim”
O público aclamou a visceralidade da atuação da atriz, destacando porquê ela se transforma completamente entre personagens tão distintos
O retorno de Camila Pitanga às novelas da Mundo em seguida quase uma dezena foi um evento marcante. Desde “Velho Chico” (2016), a atriz estava afastada das novelas da emissora, e seu novo trabalho em “Dona de Mim”, escrita por Rosane Svartman, mostra que a espera valeu a pena.
Camila interpreta Ellen, uma mulher fragilizada, mas ainda carregando em si uma força silenciosa, visível até nos momentos de maior sofrimento. Sua entrega é totalidade: no olhar cansado, na postura abatida, na voz trêmula. O contraste é ainda mais impressionante quando lembramos que, até poucos dias detrás, Camila dava vida à superabundante e solar Lola de “Venustidade Irremissível”, romance exibida pela Max e pela Band. A mudança radical de registro evidencia a profundidade e a versatilidade de sua atuação.
Os elogios nas redes sociais refletem o impacto que sua versão causou: o público aclamou a visceralidade de sua atuação, destacando porquê ela se transforma completamente entre personagens tão distintos. Muitos comentários ressaltaram porquê é impossível associar a Ellen de “Dona de Mim” à Lola de “Venustidade Irremissível”, o que reforça o poder de reinvenção da atriz. Não há resquício da vaidade e do glamour de Lola em Ellen – unicamente a dor e a luta de uma mãe que enfrenta a doença e a vulnerabilidade.
Essa volta triunfal de Camila Pitanga à TV ocasião mostra que ela segue sendo uma das maiores atrizes brasileiras da sua geração. Com “Dona de Mim”, Camila não unicamente marca seu retorno à Mundo, mas reafirma seu lugar porquê uma artista necessário, capaz de carregar uma personagem com autenticidade e emoção bruta.
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