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Sintético causa mais lesões? Entenda o que levou Neymar e estrelas começarem campanha

Sintético causa mais lesões? Entenda o que levou Neymar e estrelas começarem campanha


Estudos sobre lesões, padrão “Europeu”, competições FIFA e outros argumentos levantam debate sobre uso de grama sintética ou proveniente

O mundo do futebol brasílio viu o debate entre o uso de grama sintética ou grama natural voltar a lucrar força em seguida uma campanha levantada por estrelas uma vez que Neymar, Thiago Silva, Gabigol, Philippe Coutinho e Lucas Moura defenderem o termo de gramados artificiais. Em contrapartida, clubes que se utilizam de gramas sintéticas, uma vez que Palmeiras e Botafogo, defenderam seus campos. O portal LeoDias foi detrás de especialistas em ortopedia e se debruçou sobre o regulamento da FIFA e todos os argumentos apresentados pelos dois lados para incrementar leste debate.

Por fim, o gramado sintético motivo mais lesões?

Segundo o médico ortopedista, perito em traumatologia e medicina esportiva, Marco Aurélio Silvério Neves, ainda não há um consenso na literatura médica sobre o tema, uma vez que existem estudos que apontam para o aumento de lesões e estudos que não encontraram diferenças significativas se comparado com gramados naturais.

Veja as fotos

Reprodução/Instagram

Neymar Jr. é titular do SantosReprodução/Instagram

Reprodução

Coutinho desfalcará o Vasco na partida contra o Sampaio CorrêaReprodução

Reprodução: Instagram

Thiago Silva fala sobre os gramados sintéticosReprodução: Instagram

MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

Palco montado no Allianz Parque (Reprodução)

Palco montado no Allianz Parque (Reprodução)

Foto: André Durão

Foto: André Durão


“Alguns estudos indicam que gramados sintéticos podem aumentar o risco de certas lesões, principalmente no pé e tornozelo. Por exemplo, um estudo publicado no The American Journal of Sports Medicine mostrou um aumento de 16% nas lesões de extremidades inferiores em jogadores da NFL que atuavam em gramado sintético, mormente as lesões sem contato [Mack et al., 2019]. Ou por outra, há evidências de um maior risco de ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) no futebol americano em gramado sintético, embora esse efeito não tenha sido observado no futebol [Balazs et al., 2015]. Por outro lado, outros estudos, uma vez que um realizado com jogadores da Premier League finlandesa, não encontraram diferença significativa no risco de lesões entre os dois tipos de superfície [Immonen et al., 2024]”, explicou o médico perito.

No entanto, o médico foi simples quanto a gramados naturais mau-cuidados: eles podem ser mais prejudiciais que os sintéticos: “Um gramado proveniente irregular, com buracos, áreas secas ou muito encharcadas, pode aumentar o risco de torções, lesões ligamentares e quedas. Por outro lado, gramados sintéticos podem ter maior coeficiente de atrito, impactando a biomecânica dos movimentos, o que pode estar relacionado a um maior risco de lesões em algumas situações”.

Para o médico, o ideal é que os gramados, naturais ou sintéticos, tenham um padrão de qualidade pré-estabelecido: “O ideal seria que todos os campos de futebol, sejam naturais ou sintéticos, seguissem um padrão de qualidade uniforme, garantindo que a superfície ofereça segurança, amortecimento adequado e condições ideais para a prática do esporte”.

Em contrapartida, o fisioterapeuta Laudelino Risso, responsável pelas redes das clínicas Doutor Hérnia, aponta que a “promiscuidade” entre gramados naturais e sintéticos pode provocar lesões, devido a falta de adaptação dos atletas.

“Houve sim um aumento de lesões quando a grama sintética foi incorporada, mas não acredito que seja por conta do gramado sintético em si, mas por conta do treinamento. Muitas vezes o desportista treina em campos naturais e outras vezes em sintéticos. Com isso, não há uma adaptação de chuteira e treinamento e o organização do desportista não consegue se conciliar. Deveria possuir uma unicidade para preparar o organização para grama (…) A promiscuidade dos gramados, muito uma vez que chuteiras, faz com que o desportista de cocuruto nível não consiga remodelar suas memórias musculares e reacionais de forma adequada”, explicou.

O que diz a FIFA sobre gramados sintéticos? E o padrão “Europeu”?

Por mais polêmico que seja, a FIFA autoriza e certifica estádios com grama sintética. No entanto, clubes precisam passar por uma rígida legislação caso queiram implementar pisos artificiais em seus estádios. Para a instalação, a entidade máxima do futebol obriga que o gramado sintético passe por estudo em laboratório a termo de checar duração, qualidade do material e possíveis riscos a saúde dos atletas.

Clubes no Brasil que comportam grama sintética uma vez que o Botafogo, Palmeiras e Athletico Paranaense possuem autorização e certicação FIFA para poderem atuar nas condições. Os tipos de fibras autorizadas em gramados profissionais são de polietileno (PE) e/ou poliamida (PA).

No entanto, mesmo autorizando e certificando, a FIFA nunca utilizou estádios com grama sintética em jogos de Despensa do Mundo ou de Mundiais de Clubes. Também é extremamente vasqueiro ver jogos de competições organizadas pela entidade máxima do futebol, uma vez que as eliminatórias para a Despensa do Mundo, disputados em grama sintética.

Grandes ligas do futebol Europeu uma vez que a Premier League (Inglaterra); Serie A (Itália); La Liga (Espanha); e Bundesliga (Alemanha); também proíbem que seus clubes utilizem estádios com grama sintética.

E o calendário esportivo no meio disso tudo?

Em meio ao debate se o tipo ou qualidade de gramado afeta ou não a quantidade de lesões, a quantidade de partidas do futebol brasílio e o impacto físico nos jogadores voltou ao núcleo do debate. Enquanto uns argumentam a premência de estabelecer um tipo e padrão de qualidade aos gramados do país, outros apontam que não adianta ter leste debate enquanto a quantidade de partidas jogadas no Brasil não reduzirem.

Um levantamento feito pelo site SofaScore apontou que um ranking feito com as 40 equipes que mais diputaram partidas ao longo do ano de 2024, apontou que metade dos times com mais jogos são brasileiros. No ranking, as 19 primeiras equipes elencadas jogam a primeira partilha do Brasileirão.

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Ranking apontou que 20 dos 40 clubes que mais jogaram em 2024 são brasileiros / Reprodução: SofaScore

Há vários anos, jogadores e pessoas influentes no meio do futebol realçam o impacto do cocuruto número de jogos no estado físico dos atletas. Para se ter uma teoria, a quantidade de partidas é tanta, que os clubes sequer conseguem dar férias adequadas para seus atletas.

Os 4 times grandes do Rio de Janeiro, por exemplo, estrearam seus times considerados no estadual de 2025 unicamente no meio da tempo classificatória da competição. O campeonato brasílio foi encerrado unicamente no dia 8 de dezembro de 2024. O estadual já começou no dia 11 de janeiro, pouco mais de um mês em seguida do termo da temporada. Ou por outra, o Botafogo, que foi vencedor da Libertadores, estendeu sua temporada até o dia 11 de dezembro, em meio a disputa da Despensa Intercontinental de Clubes. Com o calendário apertado, os clubes não conseguiram tempo suficiente para realizar a tão necessária pré-temporada.

A temporada de 2025 promete ser ainda mais desgastante para Fluminense, Flamengo, Botafogo e Palmeiras, que além das disputas nos estaduais, Despensa do Brasil, Brasiliano, competições sulamericanas, irão no meio do ano para os Estados Unidos para disputar o Mundial de Clubes.

Para o médico Marco Aurélio Silvério, a falta de sota adequado e de preparação física, estão entre alguns dos motivos primordiais para o aumento de lesões em atletas nos últimos anos.

“O volume excessivo de jogos e a falta de tempo adequado de recuperação são fatores críticos no aumento de lesões no futebol. A sobrecarga física leva à fadiga muscular, que está diretamente relaciona a a lesões musculares e ligamentares.Estudos mostram que a redução do pausa entre partidas aumenta o risco de lesões por fadiga, independentemente da superfície de jogo. Isso acontece porque músculos e articulações não têm tempo suficiente para se restaurar completamente, tornando o desportista mais vulnerável a lesões. Portanto, além da qualidade do gramado, a intensidade do calendário e a recuperação dos jogadores são fatores fundamentais para a prevenção de lesões”, conclui.



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