google.com, pub-1419914821759137, DIRECT, f08c47fec0942fa0
×

STF mantém pena de 14 anos para mulher que pichou estátua com “Perdeu, mané”

STF mantém pena de 14 anos para mulher que pichou estátua com “Perdeu, mané”


Débora Rodrigues, conhecida porquê “Débora do Batom”, teve o pedido de reavaliação da pena refutado pelo ministro Alexandre de Moraes

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a investigar nesta sexta-feira (6/6) um novo recurso da resguardo de Débora Rodrigues dos Santos, a mulher que se tornou símbolo dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 ao redigir com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente à sede da Namoro.

No plenário virtual da Namoro, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, rejeitou os argumentos da resguardo, que apontava supostas falhas na decisão anterior, porquê a escassez de transparência e contradições na sentença. Para Moraes, o julgamento foi levado com fundamentação adequada e sem qualquer vício. “O acórdão recorrido analisou com exatidão a integralidade da pretensão jurídica deduzida, de modo que, no presente caso, não se constata a existência de nenhuma dessas deficiências, não se mostrando necessário qualquer reparo, pois, diferentemente do que alega a embargante, o ofício judicante realizou-se de forma completa e satisfatória”, escreveu o ministro em seu voto.

Veja as fotos

Foto: Gabriela Biló/Folhapress

Débora Rodrigues segue com pena de 14 anos, segundo voto do ministro Alexandre de MoraesFoto: Gabriela Biló/Folhapress

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Estátua “A Justiça” pichada com a frase “Perdeu, mané”Foto: Joedson Alves/Escritório Brasil

Reprodução: STF

Débora ficou presa desde março de 2023 na Penitenciária Feminina de Rio Simples, em São PauloReprodução: STF

Reprodução

Alexandre de MoraesReprodução

Foto: Fellipe Sampaio/STF

Supremo Tribunal Federalista (STF)Foto: Fellipe Sampaio/STF


O caso segue sendo analisado no plenário virtual, sistema em que os ministros depositam seus votos eletronicamente, sem debates em tempo real. O prazo final para a epílogo do julgamento é a próxima sexta-feira (13/6). Além de Moraes, compõem a Primeira Turma os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

Presente nos autos desde 2023, Débora foi denunciada pela Procuradoria-Universal da República por cinco crimes: associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de suprimir o Estado Democrático de Recta por meios violentos, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Em abril, a Primeira Turma do STF decidiu, por maioria, condená-la a 14 anos de prisão e ao pagamento de R$ 50 mil. Na estação, Moraes foi seguido por Dino e Cármen Lúcia. Zanin propôs pena menor, de 11 anos; e Fux discordou parcialmente, sugerindo pena de exclusivamente um ano e meio por dano ao patrimônio.

Os advogados de Débora solicitaram que a Namoro reconsiderasse a dosimetria da pena, levando em conta sua confissão e pedido público de desculpas. A resguardo argumentou que, segundo o Código Penal, o reconhecimento de culpa pode ser utilizado para reduzir a pena, o que não teria sido feito na decisão original. A missiva em que Débora pede desculpas foi enviada diretamente a Moraes, na qual ela afirma desconhecer o valor simbólico da estátua.

Outra reivindicação foi a emprego da detração penal, ou seja, o desconto do tempo já cumprido em prisão preventiva, que soma quase dois anos. Os advogados também pediram que a cabeleireira, mãe de dois filhos, cumpra o restante da pena em prisão domiciliar.

Débora, originário de Irecê, na Bahia, foi presa em março de 2023 durante a oitava temporada da Operação Lesa Pátria. Em março de 2025, conseguiu o recta de prisão domiciliar por decisão do próprio Moraes. O caso dividiu opiniões e ganhou repercussão entre parlamentares que consideram a punição desproporcional.

Porém, ao negar o recurso, Moraes reiterou que o conjunto de provas era “robusto” e suficiente para manter a pena. O julgamento segue pênsil dos votos dos demais ministros da Turma.



Source link

Publicar comentário