Wagner Moura fala pela 1ª vez sobre prêmios em Cannes: “Brasil é o país da arte”
Planeta foi o primeiro brasiliano a vencer a categoria de Melhor Ator pelo filme “O Agente Secreto”
Wagner Moura alcançou uma conquista histórica para o cinema brasiliano neste sábado (24/5) em seguida ser o primeiro brasiliano a vencer a categoria de Melhor Ator no Festival de Cannes, pelo seu papel em “O Agente Secreto”. O planeta não estava na França para receber o prêmio, mas gravou um vídeo diretamente de Londres, onde dedicou a vitória ao diretor, Kleber Mendonça Rebento, também premiado em Cannes, e ao cinema brasiliano.
“Esse filme é mais uma peça que aproxima os brasileiros da sua cultura, dos seus artista, depois de um tempo em que os artistas e a cultura não só havia perdido a influência, mas foram bastante difamados. Viva a cultura brasileira, viva aqueles que acreditam na influência da cultura para o desenvolvimento de qualquer país. O Brasil é o país da cultura, é o país da arte. Vamos agora festejar mais esse momento bonito da nossa cultura e do nosso cinema”, declarou Wagner Moura ao Cine Ninja.
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O pernambucano ainda mencionou o outro aclamado internacionalmente “Ainda Estou Cá”, que divide uma curiosa coincidência com “O Agente Secreto”, que recebeu dois prêmios principais e dois paralelos em seguida sua trajetória no festival gálico. A estrela do filme indicado ao Oscar, Fernanda Torres, também recebeu o prêmio de Melhor Atriz em Cannes – a primeira brasileira a receber a honraria no festival.
“Até hoje tem brasileiros torcendo pela vitória do cinema brasiliano internacionalmente, olhando para o cinema brasiliano, para esse filme, para esses artistas e dizendo ‘eles nos representam’, assim porquê foi com ‘Ainda Estou Cá'”, acrescentou.
O ator, que passou o dia em meio às gravação de seu novo filme em Londres, não pode receber o prêmio pessoalmente, mas não ficou de fora da sarau. Enquanto tomava uma taça de vinho para festejar, recebeu uma relação do próprio Kleber Mendonça Filho, vencedor de Melhor Diretor, no meio da coletiva de prensa em seguida o fecho do Festival de Cannes.
Na trama, ambientada em 1977 durante a Ditadura Militar, Wagner Moura interpreta Marcelo, um técnico em tecnologia que volta a Recife em procura do rebento depois de anos fugindo de um pretérito tapado por mistério e violência.
O filme marca o retorno de Wagner ao cinema brasileiro, depois de dez anos sem estrear uma produção nacional. “Não quero mais passar um ano sem filmar no Brasil”, garantiu o artista, diretamente de Cannes.
Posteriormente a trajetória rútilo no Festival de Cannes, e a saudação pela sátira especializada, “O Agente Secreto” é um fortíssimo candidato brasiliano para a corrida ao Oscar. O filme inclusive será distribuído nos Estados Unidos e Canadá pela Neon, a mesma distribuidora responsável por “Sevandija” (2019), vencedor de quatro Oscars, e “Anora” (2024), vencedor de cinco estatuetas.
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